Tribuna Ribeirão
Política

Temer admite que reforma ministeriável é inevitável

O presidente da República, Michel Temer (PMDB), reco­nheceu nesta quinta-feira (9) os pedidos por parte da base aliada para que ele faça uma re­forma ministerial, que ele con­sidera “inevitável”, e disse que saberá fazê-la no que chamou de “momento certo.

“Eu saberei o que é certo para fazer no momento certo, para fa­zer a reforma [ministerial]. É algo que, toda vez que você governa, essas reformas estão sempre em cogitação. Eu saberei o momento certo de fazer. Não [acho que terá de terá de ser muito antecipada], acho que não. Eu reconheço que há pleitos e, sobremais, como muitos ministros vão deixar seus cargos, é claro que a reforma será inevitável”, declarou após cerimô­nia no Palácio do Planalto.

Diversos líderes da base e do “centrão” pedem que Te­mer promova um troca-troca na Esplanada para abrigar si­glas que apoiaram o governo na rejeição das duas denúncias contra o presidente e os minis­tros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria­-Geral da Presidência) na Câ­mara. Na avaliação de parte da base, alguns partidos não foram contemplados com benesses à altura do esforço realizado para barrar as peças apresentadas pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Em troca da reforma ministe­rial, a base e o “centrão” ajudariam o Planalto a aprovar a reforma da Previdência na Câmara, pauta prioritária para o Planalto. Nesta quinta, diversos ministros com­pareceram à solenidade de lan­çamento do programa governa­mental Avançar. Comandado por Moreira Franco, o programa con­ta com o apoio de 12 ministérios.

As quatro pastas sob o co­mando do PSDB – Relações Exteriores, Cidades, Secretaria de Governo e Direitos Huma­nos – são os principais moti­vos de discordância e estão na mira dos demais partidos diante do racha interno do partido em desembarcar ou não do governo Temer. Nesta quarta (8), o presidente licen­ciado da sigla, senador Aécio Neves (MG), que apoia Temer, destituiu o então presidente interino, senador Tasso Jereis­sati (CE), favorável à saída dos tucanos do Planalto.

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