A Câmara de Ribeirão Preto terá de abrir, pela quarta vez, nova licitação para realizar a troca do telhado do Palácio Antônio Machado Sant’Anna, o prédio principal do Legislativo. O certame fracassou pela terceira vez devido à não apresentação de documentos por parte das concorrentes.
Na segunda-feira, 6 de fevereiro a Câmara publicou, no Diário Oficial do Município (DOM), o aviso de julgamento que considerou a licitação sem empresa habilitada. O processo licitatório anterior, realizado em agosto do ano passado, também não vingou.
Durante a verificação de documentos das três empresas participantes, duas não comprovaram ter capacidade técnica para retirar o atual teto sem causar eventuais danos estruturais ao prédio, apenas para fazer um novo. Na época, a Câmara optou por reabrir o processo.
O objetivo era garantir a lisura do processo licitatório, possibilitando que outras empresas se candidatem ao certame. Mesmo assim, o processo acabou fracassando. A substituição do teto é necessária para a instalação de energia fotovoltaica no local.
A empresa contratada diagnosticou que a atual estrutura não suportaria a instalação das placas para captação da energia solar. Por isso, a estrutura do telhado, que é de madeira, será substituída por uma metálica. No prédio anexo, o Edifício Jornalista Wilson Toni, onde ficam os gabinetes dos vereadores, por ser novo, as placas fotovoltaicas serão instaladas sobre a cobertura.
A substituição da energia elétrica pela fotovoltaica (energia solar) será feita nos dois prédios do Legislativo: o principal e o anexo. A previsão é que sejam investidos entre R$ 1.700.000 e R$ 1.800.000 na implantação do sistema. No começo do ano passado, o Legislativo contratou a empresa MS automação Eireli, de Ribeirão Preto, para a elaboração de projeto de concepção, planejamento e supervisão técnica de implantação de energia fotovoltaica.
O valor do contrato é de R$ 36.890 e foi publicado com dispensa de licitação, já que os dois certames lançados no final do ano passado fracassaram porque as empresas participantes não apresentaram toda a documentação exigida. Atualmente, a Câmara gasta com energia elétrica cerca de R$ 1.500.000 por ano.
Economia
Estudos mostram que, em 20 anos contados a partir da implantação do novo sistema, a Câmara economizará cerca de R$ 30.000.000. Entre as obras que devem ser realizadas está a troca das divisórias de madeira – tipo Eucatex – que dividem todas as salas do Palácio Antônio Machado Sant’Anna, além da substituição da parte hidráulica e elétrica.