A postura do Botafogo no mercado de transferências durante a paralisação das competições por conta da pandemia do novo coronavírus está sendo criticada pelo torcedor botafoguense. A decisão de não contratar, porém, foi explicada pelo técnico Claudinei Oliveira, que mostrou descontentamento com as alterações feitas pela FPF (Federação Paulista de Futebol) no regulamento.
Segundo o treinador, houve inversão de valores na decisão da entidade. A justificativa do comandante botafoguense é de que enquanto o clube continuou honrando com seus compromissos, outras equipes liberaram jogadores, não pagaram salários e agora vão poder se reforçar.
“Vão ter argumentos a favor e contra o retorno do Paulistão. Da maneira que foi feita houve inversão de valores. Dizem que o Botafogo não se preparou adequadamente. Penso ao contrário. Fizemos tudo certo. Seguramos quase todo o elenco enquanto outros liberaram atletas. Acreditamos que o regulamento seria mantido e fomos prejudicados. Outros clubes ficaram três meses sem pagar o elenco. O Bota pagou e agora os outros clubes podem inscrever de 10 a 12 jogadores diferentes, que nem estavam na lista inicial”, criticou Claudinei.
Sobre reforçar o elenco, o técnico preferiu não entrar no assunto e deixou a decisão para a diretoria. “A decisão não cabe só a mim, cabe a diretoria do Botafogo. Não sabemos se o clube vai inscrever novos atletas ou se reforços chegarão somente para a Série B. A direção vai tomar melhor decisão para o Botafogo”, limitou-se.
O Botafogo retomou os treinamentos com bola no último sábado e vai ter apenas uma semana cheia de preparação para a partida diante do Guarani, na próxima quarta-feira (22). O duelo ainda não tem local e nem horário definidos.
O Pantera não vai poder jogar no estádio Santa Cruz, pois a cidade de Ribeirão Preto está na fase vermelha do Plano São Paulo – que permite o funcionamento apenas das atividades consideradas essenciais.