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TCU vai investigar compra de Viagra

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O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu processo para apurar superfaturamento na compra de 35.320 unidades de Viagra, da Pfizer, pelas For­ças Armadas. A licitação está no Portal da Transparência do governo federal e ganhou repercussão na segunda-feira, 11 de abril, depois que o de­putado federal Elias Vaz (PSB) pediu explicações ao Ministé­rio da Defesa sobre a aquisição dos comprimidos, usados em casos de disfunção erétil.

O processo do TCU apu­ra “desvio de finalidade em compras de 35.320 compri­midos de citrato de sildena­fila, popularmente conhecido como Viagra, e a comprova­ção de superfaturamento de 143%”. O procedimento foi aberto na terça-feira (12) e tem como relator o ministro Weder de Oliveira.

O líder do PSB na Câma­ra, Bira do Pindaré (MA), co­meçou a recolher assinaturas para instalar o que chamou de “CPI do Viagra”. O objetivo da Comissão Parlamentar de Inquérito seria investigar a compra de 35.320 com­primidos de Viagra para as Forças Armadas.

“Para além da discussão acerca de eventuais benefícios médicos do fármaco ou do seu uso para fim diverso do indica­do, saltam aos olhos os valores pagos pelo Ministério da De­fesa para compra do medica­mento”, diz o pedido de CPI apresentado pelo deputado.

São necessárias 171 assina­turas para que o requerimento seja enviado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Dados do Portal da Transpa­rência e do Painel de Preços do governo federal mostram que oito pregões foram realizados por unidades ligadas aos co­mandos da Marinha, do Exér­cito e da Aeronáutica.

Nos processos de compra, o medicamento é identificado pelo nome do princípio ativo Sildenafila, composição Sal Nitrato (Viagra), nas dosagens de 25 mg e 50 mg. O maior vo­lume, de 28.320 comprimidos, tem como destino a Marinha.

Outros cinco mil compri­midos foram aprovados para o Exército e outros dois mil, para a Aeronáutica. “A rele­vância constitucional e legal dos fatos é inegável e decorre das mais elementares premis­sas que devem reger a Admi­nistração Pública”, justifica o deputado do PSB.

“A exemplo disso, a nova Lei de Licitações, que em atenção ao princípio da efici­ência e da moralidade, esta­belece expressamente que os itens de consumo adquiridos para suprir as demandas das estruturas da Administração Pública deverão ser de qua­lidade comum, não superior à necessária para cumprir as finalidades às quais se desti­nam, vedada a aquisição de artigos de luxo”, acrescenta.

Em nota, o Ministério da Defesa justificou a compra afirmando que “a aquisição de sildenafila visa o tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar”. A pasta acrescentou que os “processos de licitação e compra de me­dicamentos seguem os pre­ceitos legais previstos e as de­mandas do Sistema de Saúde do Exército, responsável por prover assistência médico­-hospitalar a militares e seus dependentes, totalizando mais de 700 mil pessoas”.

O Exército, a Marinha e a Aeronáutica também divulga­ram nota afirmando o objeti­vo de utilizar o remédio para o tratamento de hipertensão arterial pulmonar. Na quar­ta-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro comentou a compra de Viagra, dizendo que a quan­tidade licitada “não é nada” diante do contingente das For­ças Armadas e que o medica­mento é utilizado sobretudo por “inativos e pensionistas”.

Próteses penianas
Parlamentares também que­rem pedir explicações ao Tri­bunal de Contas da União e ao Ministério Público Fede­ral sobre o motivo da compra de 60 próteses penianas inflá­veis para hospitais do Exérci­to ao custo de R$ 3,4 milhões.

As informações sobre a aquisição das peças foram obtidas pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) no Portal da Transparência e no Painel de Preços do gover­no federal, que, segundo eles, mostram três pregões homo­logados em 2021 para aquisi­ção dos materiais.

Em nota, o Exército afirma que foram adquiridas apenas três próteses penianas pelo Exército Brasileiro, em 2021, para cirurgias de usuários do Fundo de Saúde do Exército. O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) diz ter identifica­do, no Portal da Transparên­cia e no Painel de Preços do governo federal, oito pregões homologados em 2020 e 2021 para a compra do medica­mento conhecido por tratar a disfunção erétil.

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