Tribuna Ribeirão
Política

TCE encontra falhas na destinação do lixo

DIVULGAÇÃO/TCE

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) encontrou irregularidades du­rante a fiscalização surpresa para checar como o dinheiro público está sendo empregado no tratamento de resíduos só­lidos, na coleta de lixo domici­liar e hospitalar, além da exis­tência de aterros irregulares para a destinação de resíduos da construção civil. As blitze ocorreram na quinta-feira, 10 de março, de forma simultâ­nea e sem aviso prévio, em 247 municípios do interior, do lito­ral e da Região Metropolitana de São Paulo.

Também teve como intuito averiguar a realização da cole­ta seletiva e o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos pelos municípios pau­listas. Ribeirão Preto também foi alvo da fiscalização reali­zada tanto nos órgãos munici­pais ligados ao assunto, quan­to nas empresas responsáveis pela execução destes servi­ços. Preliminarmente, a ação detectou algumas improprie­dades e irregularidades em vários municípios.

Entre elas, a existência de lixões – lançamento de resídu­os sólidos a céu aberto proibi­do por lei desde 1981 –, depó­sito de resíduos da construção civil a céu aberto, misturados ao lixo doméstico, descarte irregular em áreas de manan­ciais, aterros sem portão, valas fora das normas, animais em estado de decomposição junto ao lixo e grande quantidade de urubus nos locais foram alguns dos apontamentos feitos pelos agentes durante a fiscalização.

Ao longo da vistoria, o TCE também flagrou catadores nos aterros, inclusive avançando sobre o caminhão de lixo an­tes de descarregar e fazendo de alojamento/moradia um ôni­bus abandonado em área de transbordo, sem qualquer tipo de monitoramento pela prefei­tura e responsável. O relatório com os dados de cada municí­pio vistoriado e as irregulari­dades constatadas está sendo elaborado e será divulgado nos próximos dias.

Todas as prefeituras e ór­gãos estaduais serão notifica­dos pelo TCE a corrigir e pres­tar esclarecimentos detalhados sobre cada caso. Essa foi a primeira fiscalização ordena­da realizada pelo Tribunal de Contas em 2022 e mobilizou, em campo, 272 agentes da fis­calização do tribunal distribuí­dos em 20 unidades regionais no interior e no litoral do Esta­do e nas dez Diretorias de Fis­calização com sede na capital.

Realizadas desde 2016 pela Corte de Contas paulista, as fiscalizações ordenadas são efe­tivadas de forma surpresa. Em seis anos, já foram conduzidas 37 ações desse tipo, nas quais os agentes da fiscalização saem a campo, de forma concomitan­te, em diversos locais do Estado, para avaliar não só a legalidade, mas também a qualidade do emprego de recursos em polí­ticas e serviços públicos em di­versas áreas da administração.

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