A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus em Ribeirão Preto começou o ano em alta, superou a casa de 1, ultrapassou 1,20 e está perto de superar 1,30. Na terça-feira, 11 de janeiro, chegou a 1,25, depois de cair para 0,56 em setembro e oscilar entre 0,60 e 0,90 até dezembro.
Nesta quarta-feira (12) chegou a 1,29, terceiro lugar do ranking paulista, atrás da Rt da capital (1,40) e da taxa de Araraquara (1,39). Significa que 100 pessoas podem transmitir a doença para outras 129. O limite considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 1,00.
A prefeitura de Ribeirão Preto confirmou na terça-feira o avanço de casos de coronavírus e de síndrome gripal na cidade, principalmente por causa da nova variante do Sars-CoV-2, a Ômicron, e da cepa H3N2 do vírus influenza.
Segundo dados apresentados pela prefeitura de Ribeirão Preto, o número de casos de covid-19 e de síndrome gripal nos primeiros dez dias de janeiro aumentaram muito em relação a dezembro.
Enquanto no mês passado foram registrados 1.456 casos de coronavírus (47 a cada 24 horas) e nove mortes (três contabilizadas oficialmente), em janeiro já chegam a 1.708 (média de 171 por dia) e três óbitos (um oficial). São 252 a mais, alta de 17,3% e a primeira quinzena ainda nem terminou. Já as ocorrências de síndromes gripais saltaram de 1.424 (média diária de 46) para 685 (média de 89 a cada dia).
O movimento nas três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) – Doutor Luis Atílio Losi Viana (UPA Leste, Jardim Paulista), Nelson Mandela (UPA Norte, no Adelino Simioni) e Doutor João José Carneiro (UPA Oeste, no Sumarezinho) – e na Unidade Básica e Distrital de Saúde Doutor Marco Antônio Sahão (UBDS Sul, na Vila Virgínia) disparou.
A estimativa é de 60 mil pessoas em janeiro (quase duas mil por dia), contra 44 mil em dezembro (cerca de 1.420 a cada 24 horas), 16 mil a mais e aumento de 36,4%. Dados da Secretaria Municipal da Saúde apontam que, em todo o mês de dezembro do ano passado, 6.668 pessoas realizaram o teste RT-PCR de covid-19 (média de 215 por dia). No entanto, em janeiro, foram 8.304 coletas (830 a cada 24 horas), alta de 24,5% e 1.636 a mais.
Além disso, houve aumento nos testes rápidos entre os meses, passando de 1.263 para 1.282, aumento de 1,5% e 19 a mais em dez dias de janeiro. No dia 5, a Secretaria Municipal de Saúde anunciou a reativação do Polo Covid-19 na UPA Leste, na avenida Treze de Maio nº 353, Jardim Paulista. Covid-19 e síndrome gripal geraram aumento de 56% na procura por postos.
A cidade tem sete casos e transmissão comunitária da variante Ômicron, além de seis ocorrências e circulação do vírus H3N2 da gripe influenza. Dos casos confirmados, três pacientes não saíram de Ribeirão Preto e negaram contato com viajantes ou outras pessoas infectadas, o que caracterizaria a transmissão comunitária.
Casos avançam na cidade
Segundo o último boletim epidemiológico, até 7 de janeiro Ribeirão Preto somava 3.025 mortes por covid-19 e 115.627 casos de coronavírus confirmados desde o início da pandemia. O total de mortes por covid-19 no ano passado, de 1.979, já é 89,4% superior ao registrado em 2020 (de março a dezembro), de 1.045. São 934 a mais.
Em 2021, Ribeirão Preto registrou mais de 72 mil casos confirmados. São 72.854, alta de 73,4% em relação aos 41.977 de 2020, 30.877 a mais. A quantidade total de pessoas infectadas na cidade, de 115.627, equivale a 16,1% da população do município, de 720.116 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mais de 620 mil mortes no Brasil
O Brasil soma 620.371 mortes por covid-19 nesta quarta-feira, 133 a mais que as 620.238 de terça-feira (11), alta de 0,02%. Tem 22.716.931 casos de coronavírus desde o início da pandemia, 87.471 confirmados nas últimas 24 horas, aumento de 0,4% na comparação com os 22.629.460 de anteontem.
Já o Estado de São Paulo contabiliza 155.464 óbitos, 44 a mais que os 155.420 de terça-feira, menos 0,03% de avanço. São 4.483.053 contágios pelo Sars-CoV-2, ou 4.585 a mais que os 4.478.468 de anteontem, elevação de 0,1%.