A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus em Ribeirão Preto começou o ano em alta, superou a casa de 1 e não para de subir. A Secretaria Municipal de Saúde anunciou na quarta-feira, 5 de janeiro, a reativação do Polo Covid-19. A tenda montada na Unidade de Pronto Atendimento Doutor Luis Atílio Losi Viana (UPA Leste, avenida Treze de Maio nº 353, Jardim Paulista) vai analisar casos suspeitos de coronavírus e síndrome gripal.
A pasta ressalta ainda que reforçou a escala de médicos clínicos em todos os postos que atendem casos de urgência e emergência. A Rt era de 0,56 em 17 de setembro. Em 10 de outubro estava em 1,05. Passou grande parte de novembro na casa do 0,70. Chegou a 0,92 no final do mês e caiu para 0,88 no dia 2 de dezembro.
No dia 12 já estava em 0,72, na 19ª posição no ranking de 645 municípios paulistas. No dia 16 foi a 0,67 e recuou para a 21ª colocação do ranking. No dia 30 era de 0,97, a quarta maior do estado, e no sábado, 1º de janeiro, saltou para 1,02, a segunda mais alta. No domingo (2) bateu em 1,04, mesmo cenário do dia anterior.
Na segunda (3) subiu para 1,06, na terça (4) era de 1,08, na quarta (5) avançou para 1,10 e nesta quinta-feira (6) atingiu 1,12, mas agora divide a segunda posição com Araraquara, ambas atrás da Rt da capital (1,19). Significa que 100 pessoas podem transmitir a doença para outras 112. O limite considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 1,00.
Ribeirão Preto soma 3.020 mortes por covid-19 e 114.419 casos de coronavírus confirmados desde o início da pandemia. Eram 113.706 até dia 22. Ou seja, em uma semana houve um aumento de 0,6%. São 713 a mais, mais de 100 por dia. Na semana anterior, haviam sido constatadas 329 novas ocorrências.
Casos avançam na cidade
O total de óbitos em menos de doze meses de 2021, de 1.975, já é 89% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (de março a dezembro), de 1.045. São 930 a mais. Ribeirão Preto soma mais de 72 mil casos confirmados.
São 72.442, alta de 72,6% em relação aos 41.978 do ano passado, 30.465 a mais. Em dezembro, a cidade teve 1.039 contágios, contra 703 de novembro (o menor volume desde abril de 2020, no início da pandemia), 336 a mais no mês passado, alta de 47,8%.
Ômicron
A Secretaria Municipal da Saúde confirmou, em 29 de dezembro, que a cidade já tem sete casos e transmissão comunitária da variante Ômicron, além de seis casos e circulação do vírus H3N2 da gripe influenza. O prefeito Duarte Nogueira (PSDB) prorrogou o uso obrigatório de máscaras até 31 de janeiro por causa da variante Ômicron.
Na área do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS-XIII), que envolve Ribeirão Preto e mais 25 cidades da região, a Delta está em 97,9% das amostras e a Ômicron em 2,1%. Foram sequenciadas 49 amostras. O Estado já soma 86 casos da cepa sul-africana, todos com resultado de sequenciamento genético e investigação epidemiológica.
Primeira morte
A prefeitura de Aparecida de Goiânia, cidade da região metropolitana da capital de Goiás, informou nesta quinta-feira ter registrado a primeira morte pela variante Ômicron no Brasil. O óbito, porém, ainda não foi reportado pelo Ministério da Saúde.
A primeira vítima da variante, segundo a prefeitura de Aparecida de Goiânia, foi um homem de 68 anos, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. Ele estava internado em uma unidade hospitalar da cidade.
Dados do Brasil e do Estado
O Brasil soma 619.641 mortes por covid-19 e 22.386.930 casos de coronavírus desde o início da pandemia. Já o Estado de São Paulo contabiliza 155.311 óbitos e 4.464.482 contágios confirmados desde fevereiro do ano passado, mas os dados não foram atualizados nesta segunda-feira. A taxa de letalidade da doença é de 2,8% no país e de 3,5% em território paulista.