O técnico Sylvinho parece não se incomodar com as críticas e pode, diante do Internacional, mais uma vez improvisar um jogador, como já vem fazendo nos últimos jogos do Corinthians no Brasileirão. O ameaçado treinador, acusado de “não saber escalar” em protesto da torcida Gaviões da Fiel, estuda utilizar o volante Xavier na vaga do suspenso zagueiro João Victor.
Xavier vem há algum tempo treinando como defensor pela direita, já que Gustavo Raul é considerado reserva de Gil, o que deixaria a defesa “torta” no Beira-Rio, em Porto Alegre caso entrasse ao lado do experiente defensor.
Sylvinho não quer deslocar Gil para a direita e a entrada de Xavier facilitaria a escalação em sua visão, pois mexeria apenas em uma posição. No clássico contra o São Paulo, o treinador optou pelo também volante Du Queiroz na vaga de Fagner na lateral-direita, mesmo tendo João Pedro para a posição.
O técnico corintiano parece gostar de investir em improvisações. Quando ficou sem Gabriel, suspenso contra Palmeiras e Red Bull Bragantino, ele não escolheu um primeiro volante para o setor. Xavier era o substituto imediato. Mas o escolhido foi Cantillo, que atua como segundo homem de meio. A opção sacrificou o armador Renato Augusto para jogador de marcação.
Apesar de acenar com a improvisação na defesa, Sylvinho parece convencido que Roger Guedes improvisado como centroavante não deu certo e, após queda de rendimento do atacante, sumido nos últimos três jogos, deve recolocá-lo em sua posição de origem, aberto na beirada do campo. Jô pode pintar como centroavante no Sul.
Sylvinho prometeu modificar a equipe após ver um desempenho ruim no clássico com o São Paulo e pode sacrificar um dos garotos. Adson é quem corre mais risco. Gabriel Pereira seria mantido numa ponta, com Roger Guedes na outra e Jô centralizado.
Extremamente cobrado pela torcida e por conselheiros, Sylvinho sabe que nova derrota diante do Inter pode custar seu emprego e promete um futebol mais vibrante no Beira-Rio por redenção e paz O presidente Duílio Monteiro Alves é seu escudo, mas a pressão cresce e o dirigente sabe que apenas com a volta das vitórias, terá calma para manter o treinador.