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Suspensão do pagamento dos direitos de imagem ‘agita’ bastidores do Botafogo

ALFREDO RISK/JORNAL TRIBUNA

A suspensão do pagamen­to dos direitos de imagem dos jogadores do Botafogo tumultuou os bastidores do Pantera nesta quinta-fei­ra (30). Após ser noticia­do pelo portal “O Dia” que parte dos atletas entrou com uma medida extrajudicial contra o clube, os jogadores se posicionaram.

Através de nota, os atletas afirmaram que houve um de­sencontro de informações em relação aos pedidos feitos a diretoria. Também foi citado que está pendente somente o tempo de duração da suspen­são dos direitos de imagem, que representam cerca de 40% dos vencimentos.

“O grupo de jogadores do Botafogo esclarece que houve um desencontro nas informações veiculadas nesta quinta-feira sobre os nossos pedidos. Realizamos uma reunião com a direto­ria do clube no dia 27 de março e, a única pendên­cia que falta ser discutida é sobre o período de suspen­são do Direito de Imagem, o que deve acontecer nos próximos dias. Queremos ressaltar também que em nenhum momento falamos sobre a possibilidade de fa­zer greve”.

Em entrevista ao Tribuna, Neimar Quesada, advogado procurado pelos jogadores para cuidar do caso, afirmou que a insatisfação foi gerada por conta da falta de negocia­ção em relação ao corte.

“Comunicaram a propos­ta de suspensão do contrato, sem qualquer tipo de consul­ta ou negociação com os atle­tas. Ou seja, houve a comu­nicação da suspensão, mas os atletas não foram consul­tados. Foi um ato unilateral”, afirmou Quesada.

O Botafogo também emi­tiu nota no final da tarde e afirmou que as medidas to­madas foram acordadas em reunião realizada no dia 27 de março. O clube reiterou que o corte dos salários faz parte da crise provocada pela pandemia do novo coronaví­rus e que a medida não é ex­clusiva do Botafogo.

“Em reunião realizada no dia 25 de março pelo Con­selho Nacional de Clubes (CNC), ficou definido por todos os clubes da Série B, no item 3 do comunicado publicado na época por to­dos os clubes, ‘a suspensão, pelo período de paralisação, de todos os Contratos de Direito de Imagem, caben­do a cada clube individual­mente analisar e observar as características próprias dos respectivos contratos para as consequentes suspen­sões’. Assim que a decisão foi tomada, o clube promoveu uma reunião com os jogado­res no dia 27 de março para tratar do assunto.”

“O processo da suspensão do Direito de Imagem e de redução de salários está sen­do feito por vários clubes do futebol brasileiro em virtude da pandemia de coronavírus, que afeta a receita de todo o ecossistema do futebol. Neste momento, entendemos que é preciso união de todos para superar essas dificuldades”, concluiu a nota.

Além do congelamento do pagamento dos direitos de imagem, o corte dos salários no Botafogo pode ser ainda maior. No mesmo acordo ci­tado em nota, está estipulado que, em caso de continuação da paralisação, o clube pode cortar, por tempo indetermi­nado, mais 25% dos valores pagos em CLT, o que é pre­visto em lei.

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