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Suspeita de dengue adia cirurgia final de siamesas

Siamesas passaram pela expansão final das bolsas instaladas sob a pele das cabeças, que promovem ganho de pele para a cobertura craniana que será feita após a cirurgia de separação

A quinta e última etapa para a separação definitiva das irmãs siamesas Alana e Mariah, de pouco mais de dois anos de idade, que estava agendada para este sábado, 29 de julho, no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, foi adiada por causa do estado febril das gêmeas, com suspeita de dengue.

Na quinta-feira (27), as duas foram internadas no HC As crianças foram submetidas a exames de ressonância magnética e tomografia, necessários para que os neurocirurgiões verifiquem as condições cerebrais para a intervenção cirúrgica.

Elas também passaram pela expansão final das bolsas instaladas sob a pele das cabeças, que promovem ganho de pele para a cobertura craniana que será feita após a cirurgia de separação. Com esse procedimento, as bolsas atingiram volume de 530 mililitros e 670 ml cada.

No momento, a equipe médica aguarda confirmação laboratorial da suspeita de dengue. Allana e Mariah estão bem, alimentando-se, conversando e brincando. A nova data da cirurgia não foi definida e deve ocorrer após o restabelecimento total da saúde das meninas.

A penúltima cirurgia ocorreu em 15 de abril e durou cerca de quatro horas. As gêmeas craniópagas – nasceram unidas pela cabeça – são de Piquerobi, na região de Presidente Prudente, no interior paulista. Allana e Mariah estão sendo cuidadas pela equipe chefiada pelo professor doutor Hélio Rubens Machado.

Os exames e procedimentos de abril vão influenciar na última cirurgia, quando elas serão separadas definitivamente e os médicos farão a reconstituição craniana. As gêmeas fizeram exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética.

As imagens obtidas, além de auxiliar no procedimento de abril, serão utilizadas para o planejamento desta nova neurocirurgia. A equipe da Cirurgia Plástica, chefiada pelo professor doutor Jayme Farina Júnior, promoveu a inserção de expansores de pele.

A bolsa é feita em silicone e todo o conjunto – junto com catéter e válvula ficam instalados sob a pele. Periodicamente está sendo introduzido soro fisiológico na bolsa. O objetivo é garantir o progressivo aumento de volume e ampliação da pele que recobre a cabeça das meninas.

“O planejamento dos cortes de pele nas irmãs Allana e Mariah foi feito de forma que haja tecido suficiente para a cobertura das duas cabeças quando ocorrer a separação total. A expansão vai permitir essa cobertura total”, explica Jayme Farina Júnior.

A equipe do Hemocentro de Ribeirão Preto também participou do procedimento. Eles fizeram a punção da crista ilíaca (osso do quadril) para a coleta das células-tronco. O material será cultivado e preparado para futura utilização.

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