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Supostos financiadores – AGU pede bloqueio de R$ 18,5 mi

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu à Justi­ça Federal, na quinta-feira, 19 de janeiro, novo bloqueio de bens de pessoas físicas e empresas envolvidas nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O órgão pede que o bloqueio anterior de R$ 6.539.100 passe para cerca de R$ 18.500.000.

No novo pedido, a AGU informa que o novo valor se refere aos prejuízos com a de­predação das instalações do Palácio do Planalto, do Con­gresso e do Supremo Tribu­nal Federal (STF). Segundo a advocacia, o bloqueio deve atingir bens móveis e imóveis de 52 pessoas e sete empresas.

“Nesse contexto, ante infor­mações supervenientes, cons­tata-se que o dano mínimo estimado se encontra subdi­mensionado, motivo pelo qual a União vem a juízo requerer o aditamento da inicial para alte­rar e acrescer novo elemento a causa de pedir e novo pedido atinente à majoração do dano outrora estabelecido como pa­râmetro para a concessão da cautelar patrimonial”.

Na terça-feira (17), em entrevista ao programa A Voz do Brasil, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, garan­tiu que todos os envolvidos nos atos golpistas serão res­ponsabilizados. Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito em se­gundo turno, no final de ou­tubro, apoiadores do ex-pre­sidente Jair Bolsonaro (PL) demonstram inconformismo com o resultado do pleito.

Eles pedem um golpe mili­tar no país, para depor o gover­no eleito democraticamente. As manifestações dos últimos meses incluíram acampamen­tos em diversos quartéis ge­nerais do país e culminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janei­ro. Palácio do Planalto, Con­gresso Nacional e o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos, de­predados e vandalizados.

A AGU informa que os R$ 18.500.000 tratam de um valor parcial, baseado na es­timativa preliminar de pre­juízos materiais calculados pelo Palácio do Planalto (R$ 7,9 milhões ao patrimônio, segundo a Presidência da Re­pública), Supremo Tribunal Federal (R$ 5,9 milhões) e Câmara dos Deputados (R$ 1,1 milhão, valor atualizado).

Este montante da Câmara dos Deputados não leva em conta a restauração das obras de arte danificadas e destrui­ção de presentes de represen­tações estrangeiras, que pode chegar a R$ 3,3 milhões. O Senado havia informado R$ 3,5 milhões de prejuízo. No dia 12, o juiz federal Francis­co Alexandre Ribeiro decidiu aceitar o pedido da AGU e bloqueou bens de 52 pessoas físicas e sete jurídicas, num total de R$ 6.539.100.

O publicitário Genival José da Silva, de 69 anos, que já presidiu a regional da Asso­ciação Paulista de Publicidade de Ribeirão Preto (APP-RP), e a desempregada Márcia Re­gina Rodrigues, de 48 anos, também moradora da cidade, estão na lista. Ele disse à im­prensa que não foi notificado. Também garante não ter finan­ciado nenhuma viagem de bol­sonaristas a Brasília.

Foi duas vezes candidato a vereador na cidade, mas não conseguiu se eleger. A defesa de Márcia Regina Rodrigues não foi localizada. A família diz que atualmente ela está fora do mercado de trabalho. Segundo a AGU, os 52 alvos são responsáveis por pagar o fretamento de ônibus para le­var pessoas aos atos ocorridos em Brasília no dia 8.

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