O Abrasmercado – indicador que mede a variação de preços nos supermercados –, cesta composta por 35 produtos de largo consumo, dentre eles alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza, registrou deflação de 1,20% em junho, ante queda de 0,14% em maio e alta de 0,53% em abril.
Diante de menor pressão da inflação sobre os alimentos, o Abrasmercado encerrou o primeiro semestre deste ano com recuo de -1,75%. Em junho, todas as regiões pesquisadas registraram deflação nos preços da cesta, que passou de R$ 750,22 em maio para R$ 741,23, recuo de -1,20% e desconto de R$ 8,99 na média nacional.
De abril para maio, caiu de R$ 751,29 para R$ 750,22, desconto de R$ 1,07. Na comparação com junho de 2022, a cesta apresentou queda de 4,16%, passando de R$ 773,44 para R$ 741,23, desconto de R$ 32,21. Neste ano, custava R$ 754,98 em janeiro, R$ 752,04 em fevereiro e R$ 747,35 em março. A pesquisa é elaborada e divulgada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Esta foi a quarta queda do ano. A única alta ocorreu na passagem de março para abril, de 0,53%, saltando de R$ 747,35 para R$ 751,29, acréscimo de R$ 3,94. Em março, caiu 0,62% em relação aos R$ 752,04 de fevereiro, quando custava R$ 747,35, desconto de R$ 4,69. De janeiro para fevereiro a queda foi de 0,39%.
Carne bovina
As carnes foram os principais produtos da cesta com o maior recuo de preços no período. De janeiro a junho, a carne bovina – cortes do traseiro – registrou queda de -8,20% e os cortes do dianteiro (-5,88%), o frango congelado (-5,78%) e o pernil (-2,42%).
Em junho, a variação ante maio foram: cortes do traseiro (-2,51%) e o corte dianteiro (-1,30%), o frango congelado (-1,27%) e o pernil (-2,40%). Dentre os itens básicos, as maiores quedas no semestre foram óleo de soja (-24,52%), café torrado e moído (-3,42%) e farinha de trigo (-1,10%).
Cebola e batata
Já as altas foram puxadas por farinha de mandioca (+9,53%), leite longa vida (+9,17%), arroz (+6,45%) e feijão (+4,78%). Com condições climáticas mais favoráveis, a única alta de preço na cesta de hortifrutis no acumulado do ano foi registrada no tomate (+4,08%). Cebola (-43,47%) e batata (-4,47%) apresentaram quedas no período.
Na cesta de limpeza, os preços ficaram praticamente estáveis em junho, no entanto, no acumulado do semestre, desinfetantes (+5,16%), sabão em pó (+4,17%), detergente líquido para louças (+2,10%) e água sanitária (+1,77%) puxaram as altas na categoria. Dentre os itens de higiene e beleza destacam-se o aumento de preços: sabonete (+5,28%), creme dental (+5,22%), papel higiênico (+4,42%) e xampu (+3,76%).
Básicos
Na cesta de alimentos básicos (que monitora doze produtos) também foi registrada deflação de 1,77% em junho, ante 0,14% em maio, após alta de 0,80% em abril e deflação de 0,10% em março frente a fevereiro. No mês passado, essa cesta de itens custava, em média, R$ 316,29, ante R$ 322,00 de maio, abatimento de R$ 5,71.
Em março custava R$ 319,91, ante R$ 320,22 de fevereiro e R$ 318,35 de janeiro. A variação em fevereiro frente a janeiro de 2022 foi de 0,59%. Em junho, as principais quedas vieram de óleo de soja (-8,96%), feijão (-6,44%), leite longa vida (-2.68%), carne bovina – corte do dianteiro (-1,30%), margarina cremosa (-0,73%), queijo muçarela (-0,42%) e arroz (-0,40%).
Outros itens da cesta com doze alimentos básicos permaneceram estáveis: café torrado e moído (0,01%), farinha de trigo (0,03%) e massa sêmola de espaguete (0,10%). Já o açúcar registrou alta (+1,46%), segundo a pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados.
Sudeste
Na Região Sudeste, houve deflação de 1,17% na passagem de maio para junho, caindo de R$ 754,56 para R$ 745,72, desconto de R$ 8,84. Havia registrado inflação de 0,72% de março para abril, saltando de R$ 749,94 para R$ 755,32, acréscimo de R$ 5,38. Também houve deflação de 0,84% de fevereiro (R$ 756,26) para março. Na passagem de janeiro, quando custava R$ 759,81, para fevereiro, a queda havia sido de 0,47%.
Oficial
A inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo fechou junho com deflação de 0,08%, ante alta de 0,23% em maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa acumulada pela inflação no primeiro semestre foi de 2,87%, ante 2,95% até maio.
O resultado acumulado em doze meses está em 3,16% até junho, menor que a taxa de 3,94% acumulada no mesmo período até o mês anterior. Os grupos Alimentação e bebidas (-0,66%) e Artigos de residência (-0,42%) registram deflação, mas as famílias gastaram mais com Saúde e cuidados pessoais (0,11%) e Despesas pessoais (0,36%).
Consumo
O consumo nos lares brasileiros medido pela Abras encerrou o semestre com alta de 2,47%. Na comparação de junho com o mesmo mês do ano passado, a alta é de 6,96%. Ante maio, o indicador apresentou alta de 0,55%. O resultado contempla os formatos de loja, atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce.