No período de 11 a 14 de abril de 2018, das 9h às 21h, no câmpus da Unesp de São Paulo, próximo à estação Barra Funda do metrô, em São Paulo (SP), a Universidade Estadual Paulista, por meio da Fundação Editora da Unesp (FEU), promoveu sua I Feira do Livro. Com mais de 100 editoras a oferecerem milhares de livros com, no mínimo, 50% de desconto, o evento levou grande público já em sua abertura. Com títulos que iam de clássicos e universitários a best-sellers, religiosos, juvenis e infantis, foi uma feira vantajosa para todos os envolvidos. Divulgado pela Imprensa Oficial do Estado, segundo o diretor-presidente da FEU, Jézio Gutierre, “A intenção foi propiciar um canal para que leitores e editoras se encontrassem e pudessem desfrutar dos benefícios de um comércio com redução de custos e oferta de descontos, realizado pelo contato direto”.
Objetivando que o evento se torne anual, e que, a partir da próxima edição, aconteça associado a uma programação cultural, a organização focou as principais dificuldades encontradas, e erros, para que, atentos a tal, estes não sejam repetidos na segunda edição. Com 30 anos de atividades completados no ano passado, a FEU tem como finalidade principal a democratização do conhecimento produzido na universidade. De acordo com suas diretrizes, afirma seu diretor-presidente que, embora o mercado editorial internacional experimente as tensões das mudanças relacionadas ao surgimento das obras digitais, e, internamente, às decorrentes da crise no País, a Unesp pode celebrar a data com um boa perspectiva. Em suas palavras, “Nós conseguimos consolidar um nicho de catálogo, tendo como base a experiência adquirida no trabalho dessas três décadas”.
Para Gutierre, mantendo o foco na publicação de obras de qualidade para um público que necessita delas, apesar do cenário desfavorável, foi possível manter vivos todos os projetos previstos. Além de publicar livros com a produção acadêmica e científica da Unesp, a FEU compõe seu acervo com um leque de obras de pensadores e estudiosos consagrados, no Brasil e no exterior. A editora também busca cumprir o compromisso com a educação por meio da implantação da Universidade do Livro (Unil), que realiza cursos, palestras e encontros, além de desenvolver a Coleção Propg Digital, que oferece obras digitais com textos produzidos na pós-graduação da Unesp para download gratuito (http://editoraunesp. com.br/catalogo/ebooks).
Editores que buscam novos autores para seus catálogos definem a participação em feiras de livro como um momento maravilhoso. Por quê? “Porque é o lugar onde o público está”, ressaltam. Pós-graduandos separam listas com as obras de seu interesse quando contam com bons eventos assim. É uma opção de economizar na compra. No evento, as respostas “Quem está fazendo pesquisa, como eu, tem necessidade de muitos livros. Por isso, sempre espero por um evento como esse” e “Além das obras para o mestrado, vou levar para casa alguma coisa de literatura”, eram afirmações comuns de se ouvir. Já os editores mais acostumados a lidarem diretamente com os leitores salientaram a importância de poder divulgar para públicos diversificados os catálogos com que trabalham. Em suas palavras, “Temos obras de autores nacionais contemporâneos e é muito bacana poder falar deles e de suas ideias”.
Um exemplo? A Editora Hyria esteve presente na I Feira do Livro da Unesp com descontos de mais 50% em vários livros. O destaque da Editora Hyria no evento? Trazer seu mais recente lançamento: a coleção de livros de metodologia científica, desenvolvida pelo autor do Manual de técnicas de redação científica, Pedro Reiz. De acordo com seus editores, Os Cadernos de exercícios do Manual de técnicas de redação científica estão sendo aguardados desde a 3ª edição do Manual. Na Feira do Livro da Unesp estiveram disponíveis os três primeiros volumes da coleção de metodologia científica: “Breve história da redação científica”, “Integridade em pesquisa científica” e “Entender e evitar plágio e autoplágio”, que inclui exercícios de autoria e direitos autorais. Esses três volumes, que abrem a coleção de livros de metodologia científica, tendo sidos cuidadosamente escolhidos por Pedro Reiz.
Abeu, Aleph, Aletria, Almedina, Arché, Bamboozinho, Bei Editora, Biruta, Blucher, Boitempo, Brinque Book, Callis, Casa da Palavra, Ciranda Cultural, CLA, Cobogó, Coerência, Companhia das Letras, Cortez, DCL, Dublinense, É Realizações, Ed. Leopoldianum, Edições Loyola, Ediouro, Edipro, Editora 34, Editora DCL, Editora Edebê, Editora Fiocruz, Editora Hyria, Editora Intrínseca, Editora UFPR, Editora UFRGS, Editora UFRJ, Editora UNB, Editora Unesp, Editora Unicamp, Editora UNICENTRO, Editora Unifesp, Editoras Portuguesas, Editus – Editora da UESC, EDUCS, EDUERJ, EDUFBA, EdUFSCar, EDUNEB, Edusp, Elefante, Escrituras, Estação Liberdade, Estações das Letras e Cores, Évora, Exitus, Expressão Popular, Faro, Gaivota, Geração Editorial, Girassol, Globo Livros, Grua, Grupo Autêntica, Grupo Editorial Riddel, Grupo Pensamento, Grupo Record, Harper Collins, IBEP, Imprensa Oficial, Instituto Piaget, Intelítera, Intrínseca, Jujuba, L&PM, Le Monde Diplomatique, Leya, Liber Ars, Lote 42, Martins Fontes Selo MARTINS, Martins Fontes Selo WMF, Matrix, Morro Branco, Nova Alexandria, Nova Fronteira, Os Menores Livros do Mundo, Ozé, Pallas, Panda Books, Paulinas, Paulus, Peirópolis, Pendragon, Perspectiva, Ponte do Brasil, Pontes Editores, Publibook, Publifolha, PUCPRESS, Pulo do Gato, Quatro Cantos, Queen Books, Raízes da América, Rico, Rideel, Rio Books, Senac, Sesc, Sesi/Senai, Todavia, Ubu Editora, UEFS Editora, Universo dos Livros, V&R Editoras, Valentina, Viajante do Tempo são alguns dos nomes participantes.
Uma novidade? A divulgação que muitas dessas editoras fizeram, no site da Feira, dos títulos que ali estariam, com seus respectivos preços, facilitando para o leitor escolher com calma antes de vir para o evento. O que se aprende com tal sucesso? Aprende-se que público leitor de livros existe em todo lugar. O que lhes falta é encontrar eventos com foco, diversidade, qualidade e excelentes preços. Uma feira de livros se faz com livros. De preferência, com a maior variedade, e bons preços, dos mesmos. É o que temos dito há tempos. E é o que se repete, e se comprova, em toda edição do gênero que alcança o sucesso. O livro é pra ser lido, não para segregar pessoas. O livro é para ser encontrado e descoberto, e não substituído por brinquedos e brincadeiras que, por melhores que sejam, jamais os substituem. Cada momento lúdico reclama contextos apropriados. Não se brinca de roda em sessão de cinema, tampouco se assiste a filmes soltando rojões em festas juninas. Não se tocam sambas em UTIs, nem músicas de velório em casamentos. Não respeitar isso é alimentar uma progressão geométrica de ignorância.
Parabenizamos a todos os envolvidos na organização do evento.