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STF vai julgar Barquet Miguel  

Barquet Miguel Júnior e Nara Faustino de Menezes (detalhe) podem ser condenados a até 17 anos de por participação nos atos golpistas (Redes Sociais)  

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou o julgamento do corretor de imóveis ribeirão-pretano Barquet Miguel Júnior, que chegou a ser preso durante os atos antidemocráticos e golpistas de 8 de janeiro do ano passado, em Brasília. Na época, as sedes dos Três Poderes – STF, Palácio do Planalto e Congresso nacional – foram invadidas e depredadas.

O julgamento será realizado no plenário virtual entre a próxima sexta-feira, 23 de fevereiro, 1º de março. Barquet Miguel Júnior é acusado pela Procuradoria-Geral da República pela prática dos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado contra o patrimônio tombado da União.

Em depoimento no ano passado, o corretor de imóveis negou participação nas ações de depredação das sedes dos Três Poderes. Atualmente, responde ao processo em liberdade. Além dele, outras 14 pessoas serão julgadas no processo que tem como relator o ministro Alexandre de Moraes.

Na semana passada, Moraes votou pela condenação da advogada Nara Faustino de Menezes, de Ribeirão Preto, a 17 anos de prisão por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado, além do pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 30 milhões.

O julgamento da advogada e de outros 14 réus começou no dia 9 e segue até terça-feira, 20 de fevereiro. Além de Alexandre de Moraes, relator do processo, outros nove ministros precisam votar pela condenação ou absolvição da advogada. São onze ministros, mas Flávio Dino só deve assumir a vaga de Ricardo Lewandowski após o dia 20.

De acordo com o voto publicado por Alexandre de Moraes, Nara Faustino deve ser condenada pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

O voto do ministro tem 114 páginas e pede que a condenação seja aplicada, inicialmente, em regime fechado. No depoimento realizado, após a prisão, em janeiro do ano passado, Nara Faustino de Menezes negou ter participado da depredação dos prédios públicos.

Disse que estava em um ato pacífico, que foi ao prédio do Congresso Nacional por conta do forte cheiro de fumaça nos arredores e que, quando chegou ao local, tudo já estava aberto e depredado. atualmente, a advogada responde o processo em liberdade.

Apesar de negar participação, ela própria postou várias fotos em suas redes sociais no dia da invasão às sedes dos Três Poderes. Em uma das postagens, dentro de um dos prédios, ela diz ser “contra a depredação do patrimônio público, mas eles não nos deram alternativa”

Nara Faustino de Menezes, foi denunciada pela PGR. A defesa da advogada informou à imprensa que ainda não havia tomado conhecimento do voto e não quis se manifestar. Apesar de negar participação, ela própria postou várias fotos em suas redes sociais no dia da invasão às sedes dos Três Poderes.

Em uma das postagens, dentro de um dos prédios, ela diz ser “contra a depredação do patrimônio público, mas eles não nos deram alternativa” Em seu voto, Moraes dispensou alegações preliminares como de cerceamento de defesa.

O ministro argumentou, entre outras coisas, que, em crimes dessa natureza, chamados de multitudinários, é difícil individualizar condutas praticadas pelos envolvidos, mas que não há dúvidas de que todos contribuíram para o resultado final.

O ministro Alexandre de Moraes também ressalta no parecer de seu voto que a advogada de Ribeirão Preto foi presa em flagrante pela Polícia Militar do Distrito Federal dentro do Palácio do Planalto enquanto ocorriam as depredações e que diferentes laudos evidenciaram a participação dela nos atos.

Em outras imagens, que também permitiram a geolocalização da investigada, a advogada aparece no acampamento que fica em frente ao quartel do Exército, mencionando que estava no local desde 3 de janeiro, e ainda em uma área reservada de um dos prédios públicos, com acesso vedado ao público externo.

Nara Faustino de Menezes ficou mais de 200 dias presa. Em 7 de agosto do ano passado, Alexandre de Moraes mandou soltar mais 72 presos pelos atos golpistas. O grupo era formado por 25 mulheres e 47 homens, entre eles a advogada e o corretor de imóveis Barquet Miguel Júnior, ambos de Ribeirão Preto.

No total, dez moradores da região viraram réus. São seis de Franca, dois de Ribeirão Preto, um de Guariba e outro de Nuporanga. Eles respondem pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado, dano qualificado ao patrimônio e associação criminosa armada.

 

 

 

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