Tribuna Ribeirão
Política

STF confirma abertura de CPI

Por dez votos a um, o ple­nário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira, 14 de abril, con­firmar a decisão individual do ministro Luís Roberto Barro­so que determinou a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar su­postas omissões no combate à pandemia de covid-19 (CPI da Covid).

A decisão de Barroso foi tomada na semana passada, a partir de um mandado de se­gurança protocolado pelos se­nadores Jorge Kajuru (GO) e Alessandro Vieira (SE), ambos do Cidadania. Os parlamenta­res alegaram suposta omissão do presidente da Casa, Rodri­go Pacheco, ao não determinar a instalação da comissão, após a obtenção do mínimo de as­sinaturas necessárias de parla­mentares para criação da CPI.

Durante a sessão de ontem, Barroso reafirmou seu voto e disse que seguiu a Consti­tuição e a jurisprudência da Corte. Segundo o ministro, a instalação de uma CPI deve ser automática se o número mínimo de um terço de assi­naturas de parlamentares for atingido. “Nada há de criativo, original ou inusitado na deci­são liminar, que concedi à luz da doutrina vigente no Brasil”, afirmou Barroso.

O voto de Barroso foi segui­do pela maioria dos ministros. O ministro Marco Aurelio fi­cou vencido na votação por ra­zoes processuais. Ele entendeu que não caberia ao plenário referendar o mandado de se­gurança. Na terça-feira (13), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, leu o requerimento de criação da comissão e deu o primeiro passo obrigatório para dar andamento ao pro­cesso de instalação da CPI .

O bloco dos partidos alia­dos do presidente Jair Bolso­naro no Senado escolheu os senadores Marcos Rogério (DEM-RO) e Jorginho Mello (PL-SC) para integrar a CPI da covid-19. Os nomes foram confirmados pelos líderes partidários nesta quarta-feira, completando a lista. A ala bol­sonarista inclui parlamentares do DEM, PL e PSC.

Após as indicações chega­rem oficialmente na Secreta­ria-Geral da Mesa, o presiden­te do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), poderá convocar a reunião de instalação, ainda sem data para ocorrer. Os indi­cados podem ser substituídos a qualquer momento, durante o funcionamento da CPI.

O governo terá apenas qua­tro parlamentares na tropa de choque entre os onze titulares. A oposição terá dois represen­tantes. O restante do grupo se posiciona como independen­te, mas é crítico à postura do presidente Jair Bolsonaro na crise do coronavírus. A com­posição acendeu um alerta no governo, que tentará adiar ao máximo o funcionamento.

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