Tribuna Ribeirão
Ciência e Tecnologia

Startups brasileiras registraram R$ 3,8 bilhões em investimentos em fevereiro

O segundo mês de 2022 foi muito bom para as startups brasileiras. Em fevereiro, elas receberam US$ 763 milhões em investimentos, cerca de R$ 3,8 bilhões, valor mais que o dobro do levantado no mesmo período em 2021, um percentual 129% maior. Agora, as startups já somam US$ 1,36 bilhão aportados neste novo ano.

O montante arrecada em fevereiro chegou ao longo de 40 rodadas nas empresas de tecnologia brasileira, de acordo com o mais recente Inside Venture Capital, produzido pela plataforma de inovação aberta e transformação digital Distrito com Bexs Banco. Isso tudo acontece após um ano de recordes em 2021.

Ainda segundo o estudo, o ticket médio cresceu em praticamente todos os estágios de captação. “Temos uma maior competitividade dos fundos pelas melhores oportunidades ao mesmo tempo em que há uma maior segurança sobre o potencial de performance de Venture Capital no Brasil, o que tem levado o ticket médio para cima”, disse Gustavo Gierun, CEO do Distrito.

Para ele, o dado aponta para uma maior maturidade do ecossistema brasileiro. Cada vez mais, as rodadas são mais robustas. “Observamos tickets de séries A e B, por exemplo, já se assemelhando ao de mercados mais consolidados, como o americano e o asiático. Ainda é um ponto um pouco fora curva, mas vale acompanhar o movimento”, emendou.

Ilustração de investimentos em startups
As startups brasileiras realizaram 40 rodadas em fevereiro. Imagem: Olivier Le Moal/Shutterstock

A liderança entre as startups brasileiras é do setor de fintech. A área ficou com US$ 567 milhões do total de fevereiro. A Neon se tornou unicórnio, levantando US$ 300 milhões em uma rodada. O ranking continua com as HRTechs, com US$ 102 milhões, real estate (imobiliárias), com US$ 25,9 milhões, retailtechs (varejo), com US$ 17,2 milhões, e martechs, com US$ 14,7 milhões.

“A aquisição de startups por scale-ups é uma tendência muito clara desde o ano passado. Alguns fundos estão promovendo rodadas de investimento já considerando M&As para consolidação do mercado no curto prazo, como aconteceu com Gupy e Kenoby. O mercado está acelerando por meio de fusões e aquisições, algo que não era tão usual no passado”, completou Gierun.

Via Olhardigital

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