Tribuna Ribeirão
Economia

SP zera ICMS do leite e reduz o das carnes

O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quar­ta-feira, 17 de março, que, após “amplo debate com setores produtivos”, o Estado irá isen­tar o leite pasteurizado da co­brança de impostos estaduais, bem como reduzir a cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre as carnes bovi­na, suína e de aves.

O leite pasteurizado deixará de pagar a alíquota de 4,14% de ICMS, que havia sido estabeleci­da em janeiro. No caso da carne, os estabelecimentos enquadra­dos no Simples Nacional, que são em geral os açougues e mer­cearias de bairro, voltam a pagar 7% na compra do produto para revenda – pagavam 13,3% des­de janeiro. As duas medidas valem a partir de 1º de abril.

As alíquotas dos dois produ­tos haviam sido alteradas após o ajuste fiscal aprovado no ano passado pela Assembleia Legis­lativa, como parte da reforma administrativa do estado. O ajuste promoveu uma redução linear de 20% em todos os be­nefícios fiscais concedidos pelo Estado. A mudança é pontual e não altera o conjunto da política fiscal do governo.

O objetivo do ajuste é pro­porcionar ao estado de São Paulo recursos necessários para man­ter serviços essenciais e comba­ter os efeitos da pandemia. Os benefícios fiscais fazem com que o Estado deixe de arrecadar R$ 40 bilhões anuais, equivalente a um terço da arrecadação anual do ICMS. Neste momento dra­mático, o governo acredita que todos podem e devem dar sua cota de colaboração.

O governador anunciou ainda a regulamentação do Regime Optativo de Tributa­ção (ROT) no regulamento do ICMS. O objetivo da medida é simplificar a cobrança do imposto para o setor varejista, que usa o sistema de Substitui­ção Tributária. Doria anunciou também outras medidas volta­das para o comércio no Estado.

Entre elas está o reforço em R$ 100 milhões das linhas de crédito: R$ 50 milhões pelo ban­co Desenvolve SP, voltado para bares e restaurantes, e R$ 50 mi­lhões pelo Banco do Povo para setor de comércio e eventos. Em outro decreto, o governo esten­de até 30 de abril a suspensão do corte de fornecimento de água e gás para comércio.

O governador também anun­ciou que estendeu até 30 de abril a medida que impede o corte no fornecimento de gás e água de estabelecimentos comerciais no Estado. O prazo anterior para vencimento era 31 de março. Segundo Doria, os comerciantes que tiverem débitos com Sabesp, Comgás, Naturgy e Gás Brasilia­no poderão renegociar suas dí­vidas para pagamento em doze vezes sem juros e multas.

“Proprietários de pequenos e médios estabelecimentos co­merciais, principalmente bares e restaurantes, que não conse­guiram pagar suas contas não terão seus nomes negativados e as dívidas poderão ser nego­ciadas para o pagamento sem aplicação de nenhuma multa ou juros”, disse ele.

A medida foi anunciada du­rante coletiva que detalhou me­didas adotadas pelo governo para conter a pandemia do novo coro­navírus, e são válidas para consu­midores que demandem até 100 metros cúbicos por mês (m³/ mês) no caso da Sabesp, e de 150 m³ das distribuidoras de gás.

O governo de São Paulo pe­diu na terça-feira que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adote medidas para impedir o corte no fornecimen­to de luz de consumidores do Estado, disse o secretário de In­fraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, durante evento de atualização das medidas ado­tadas no enfrentamento à pan­demia do novo coronavírus.

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