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SP volta a realizar cirurgias de córnea

AGÊNCIA BRASIL/ARQUIVO

A Central de Transplantes de São Paulo autorizou neste mês a retomada dos trans­plantes eletivos de córneas nos serviços de saúde do estado SP. Com a melhoria do cená­rio epidemiológico do novo coronavírus, tanto a captação quanto o procedimento cirúr­gico podem voltar a ocorrer seguindo todos os protocolos de segurança e prevenção da covid-19.

Hoje, 3.643 pessoas estão à espera de córneas no estado e a doação é fundamental para melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Para proteger profissionais de saúde e pa­cientes receptores, novas me­didas foram adotadas. Os ser­viços de saúde devem realizar a triagem clínica dos potenciais doadores, realizando testes para covid-19 antes de qual­quer definição terapêutica.

Conforme diretriz do Sis­tema Único de Saúde (SUS), pessoas com diagnóstico po­sitivo para coronavírus que possuem menos de 28 dias da regressão completa dos sinto­mas não podem ser doadoras de órgãos e tecidos. Outra norma definida estabelece que pacientes podem optar por não realizar o transplante enquanto durar a pandemia, sem prejuízo em sua posição no cadastro de transplantes.

A cada dez transplantes em São Paulo, quatro são de cór­neas. Trata-se do procedimen­to mais realizado pois, além de ser um tecido muito resis­tente, pode ser armazenado por até 14 dias após a doação, facilitando o trabalho das Co­missões Intra-Hospitalares de Transplantes (CIHT), que re­alizam a busca e identificação de doadores potenciais de ór­gãos e tecidos em parceria com as Organizações de Procura de Órgãos (OPOs).

A Central Estadual de Transplantes monitora rigo­rosamente critérios técnicos e epidemiológicos da pandemia, com apoio do Centro de Con­tingência do Coronavírus de São Paulo e do Sistema Nacio­nal de Transplantes (SNT), do governo federal.

“É fundamental a conscien­tização da população quanto à doação de órgãos e tecidos. As­sim, mais pessoas podem ser atendidas e salvas. Um único doador pode salvar, em média, até sete vidas, doando fígado, córneas, rins, pâncreas, cora­ção e pulmão”, destaca o secre­tário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.

Como funciona a doação de córnea?
Podem doar córnea pes­soas que morreram de parada cardíaca inferior a seis horas ou morte encefálica, com ida­de igual ou acima de 2 anos e abaixo de 80 anos. Quem tem miopia, astigmatismo, hiper­metropia, catarata, glaucoma, conjuntivite já tratada e curada pode também pode ser doador desse tecido.

Após o transplante desse tecido, é fundamental ficar em repouso, manter o curativo até o médico retirá-lo, não esfre­gar o olho, usar os colírios de pós-operatório de acordo com a prescrição médica, utilizar óculos de sol quando exposto à luz solar e dormir do lado contrário ao olho operado.

A córnea não pode ser do­ada por pessoas com linfoma ativo, leucemia, hepatites B e/ ou C, HIV, infecção generali­zada, raiva ou morte de causa desconhecida. A doação de órgãos e tecidos deve ser con­sentida. Quem quiser ser doa­dor não precisa mais incluir a informação no Registro Geral (RG) ou na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Basta comunicar os pa­rentes mais próximos sobre o desejo. A autorização para doação deve ser dada por fa­miliares com até o segundo grau de parentesco. Por isso, é fundamental haver diálogo entre as famílias sobre o de­sejo de ser ou não doador de órgãos, pois isso facilita a to­mada de decisão.

Balanços
A Central de Transplantes do Estado de São Paulo reali­zou neste ano, até 30 de setem­bro, 3.588 transplantes, sendo 1.550 de córneas. Em todo o ano passado, foram feitos 8.328 procedimentos no total, incluindo 5.400 de córneas. A demanda por córneas é a se­gunda maior, depois de rins (13.206), seguida por fígado (322), pâncreas/rins (157), co­ração (143) e pulmão (96).

Balanço da Central indica que 35,9% dos procedimentos são de rins, 15,5% de fígado e 2,5% de coração. Os transplan­tes de pâncreas/rim, pâncreas e pulmão correspondem a me­nos de 1,4% dos procedimen­tos realizados, por correspon­derem a uma demanda menor.

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