O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira, 24 de março, o início da vacinação para professores e policiais. A imunização de profissionais da segurança pública começará em 5 de abril e a dos profissionais de educação a partir do dia 12 do mês que vem.
Segundo o governo, serão vacinados 180 mil profissionais da área da segurança pública da ativa, de todas as forças. Isso engloba policiais militares e civis, bombeiros, policiais científicos, agentes de segurança e de escolta penitenciária, além dos efetivos das guardas civis municipais.
Na educação serão vacinados 350 mil profissionais da área com idade acima de 47 anos, que atuam em creche ao ensino médio. Estão no grupo professores, diretores e inspetores, entre outros. Para evitar fraudes, professores da rede privada terão que comprovar que fazem parte desse grupo prioritário de vacinação apresentando seus dois últimos contracheques.
As aulas presencias haviam sido retomadas em São Paulo no início do mês de fevereiro, ainda em forma de rodízio. Mas com o aumento dos casos e de internações por covid-19 em todo o estado, as aulas presenciais voltaram a ser suspensas a partir do dia 15 de março, quando foi decretado o início da fase emergencial.
Além da suspensão das aulas, a fase emergencial proibiu a realização de cultos e cerimônias religiosas coletivas e paralisou o futebol. Por meio de nota à imprensa, a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp) disse que a vacinação de policiais era um dos pleitos da associação.
“Desde o fim do ano passado, a associação vem alertando diuturnamente sobre a situação caótica enfrentada pelos policiais civis, que seguem exercendo suas funções, sem interrupção, desde o início da pandemia”, diz a nota.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), por meio de sua presidente, a deputada estadual Maria Izabel Azevedo Noronha, também celebrou a medida nas redes sociais e destacou que essa era uma demanda dos professores do estado.
A vacinação de idosos de 69 a 71 anos foi antecipada para esta sexta-feira (26). O governo espera vacinar 910 mil pessoas dessa faixa etária do estado.
Para ser atendido mais rapidamente, o governo recomenda fazer o pré-cadastro no site Vacina Já (www.vacinaja.sp.gov.br), que diminui o tempo de espera no momento da vacinação. O pré-cadastro ainda não foi liberado e não é obrigatório, e os cidadãos que não puderem preenchê-lo poderão se vacinar normalmente, informando seus dados presencialmente no momento da vacinação.
Em Ribeirão Preto, por exemplo, o agendamento está sob a responsabilidade da Secretaria Municipal da Saúde, que ainda depende de novos lotes da vacina para abrir o cadastro. A campanha de vacinação contra a covid-19 teve início no dia 17 de janeiro em São Paulo, com a aplicação de doses em profissionais da área da saúde, indígenas e quilombolas.
No início de fevereiro, as doses começaram a ser aplicadas em idosos, em ordem de idade decrescente. Neste momento, estão sendo vacinados os idosos com idades entre 72 e 74 anos. O Plano Nacional de Imunização (PNI) orienta que a vacinação de profissionais da educação deve ocorrer após a imunização de idosos.
Atualmente, o Estado de São Paulo está vacinando idosos na faixa dos 70 anos e será o primeiro a vacinar professores, iniciativa que foi adotada por alguns países, como o Chile e a Argentina. Segundo estudo do movimento Vozes pela Educação e Fundação Lemann sobre a volta presencial no exterior, outros três países também colocaram os professores como prioritários na vacina: Reino Unido, França e Uruguai.