Tribuna Ribeirão
Saúde

SP receberá 5 milhões de doses em outubro

GOVERNO DE SÃO PAULO

O estado de São Paulo deve receber, já em outubro, cinco milhões de doses da vacina CoronaVac, que está sendo desenvolvida pelo Ins­tituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. O anúncio foi feito pelo governador do estado, João Doria (PSDB), via Facebook, no domingo, 20 de setembro.

Segundo Doria, a previsão é de que haja 46 milhões de doses até dezembro. Conforme explica na postagem, a amplia­ção de vacinas será possível em virtude da transferência de tec­nologia da farmacêutica para o instituto, que passará a produ­zir o imunizante.

A previsão é de que até março de 2021, o estado rece­ba mais 15 milhões de doses. Há ainda a possibilidade de aquisição de mais 100 milhões de doses no próximo ano, a de­pender de suporte do Minis­tério da Saúde. O acordo feito pelo governo paulista com a Sinovac prevê, inicialmente, o envio de doses prontas ou semiprontas da CoronaVac fabricadas na China.

Também há previsão de transferência de tecnologia, ou seja, o Instituto Butantan poderá produzir doses dessa vacina. A CoronaVac já está na fase 3 de testes em huma­nos. No Brasil, os testes tive­ram início em julho, com 9 mil voluntários em centros de pesquisas de seis unidades da Federação: São Paulo, Dis­trito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

Caso seja comprovada a eficácia, a vacina terá de ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sa­nitária (Anvisa) antes de ser disponibilizada para imuni­zação no Brasil. O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Pau­lo (HCFMRP/USP) participa dos testes da nova vacina. O HC iniciou os testes da nova vacina contra o coronavírus em 30 de julho. Foram se­lecionados 500 voluntários para receber a vacina.

O governador João Doria também afirmou nesta se­gunda-feira (21) que o gover­no do Estado tem um plano estadual alternativo de vaci­nação contra a covid-19 caso não seja feita a distribuição do imunizante pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Do­ria, entretanto, disse preferir acreditar em um plano nacio­nal que envolva o Ministério da Saúde. O governo de São Paulo aguarda a liberação de R$ 1,9 bilhão pelo governo federal para ampliar a pro­dução da CoronaVac, imu­nizante em desenvolvimento pelo Instituto Butantan.

No dia 14, o governo esta­dual informou que o institu­to irá iniciar, em novembro, obras para ampliar sua estru­tura física, a fim de acelerar a produção de vacinas. A ex­pectativa do governo paulista é que a reforma seja finaliza­da ainda neste mês. Para isso, arrecadou R$ 97 milhões em doações da iniciativa privada para o novo projeto da fábri­ca do Instituto Butantan.

O projeto executivo está em processo de contratação. O estado atingiu a marca de R$ 1,1 bilhão em doações para o maior programa de doações humanitárias cria­do no Brasil durante a crise do coronavírus. A previsão é de que as obras da fábrica sejam concluídas em 2022. Os trâmites para contratação do projeto executivo já fo­ram iniciados pelo Instituto Butantan. A fábrica já existe, mas será adaptada, moder­nizada e equipada. A meta é arrecadar R$ 160 milhões.

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