Tribuna Ribeirão
Economia

SP perde mais de 300 mil empregos

ALFREDO RISK/ARQUIVO

Os setores do comércio e de serviços do estado de São Pau­lo perderam 308.727 empregos formais de janeiro a agosto de 2020. O comércio teve uma re­dução de 134.708 postos de tra­balho com carteira assinada, o que representa queda de 5%. A área mais impactada foi o varejo, com déficit de 104.333 vagas. O setor de serviços teve retração de 174.019 vagas a menos e um recuo de 2,81% nos primeiros oito meses do ano.

Quando a Pesquisa de Em­prego no Estado de São Paulo (Pesp), da FecomercioSP, di­vulgada nesta quarta-feira, 7 de outubro, considera o período de março (início da pandemia de covid-19) a agosto, os empre­gos formais no comércio tive­ram saldo negativo de 120.241 vagas e os serviços, de 240.788 vagas, com reduções de 4,52% e 3,84%, respectivamente.

Segundo a entidade, mesmo com os resultados negativos, o comércio já dá sinais de recu­peração com saldos positivos de empregos com carteira assinada em julho (7.122) e em agosto (15.339). No setor de serviços, em agosto o saldo chegou a 15.635 novas vagas e um cresci­mento de 0,26%.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desem­pregados (Caged), divulgados em 30 de setembro pela Secre­taria de Trabalho do Ministério da Economia, a economia de Ribeirão Preto fechou agosto com saldo de 810 novas vagas de emprego com carteira assi­nada, fruto de 6.538 admissões e 5.728 demissões.

No período da pandemia, entre março e agosto, a cidade eliminou 8.862 empregos for­mais, com 34.410 admissões e 43.272 demissões. Em oito me­ses deste ano, a economia ribei­rão-pretana ainda acumula dé­ficit de 7.095 empregos formais, resultado de 52.803 contratações e 59.898 rescisões.

O setor de serviços registrou 3.629 novos empregos formais e 3.284 rescisões, superávit de 345 vagas. Neste ano, entre janeiro e agosto, são 29.933 contrata­ções e 34.010 rescisões, déficit de 4.077 postos. Já o comércio fechou agosto com saldo po­sitivo de 178 postos de traba­lho, fruto de 1.642 admissões e 1.464 demissões. No ano, o rombo chega a 3.266, resultado de 13.123 trabalhadores admi­tidos e 16.389 dispensados.

Recursos emergenciais
“Apesar da queda mais acen­tuada no comércio nos oito pri­meiros meses do ano, é o setor que encabeça a retomada agora, tanto pelo impacto dos recursos emergenciais na economia, a partir de maio, quanto pela fle­xibilidade no atendimento e no retorno físico dos consumidores de muitas áreas do varejo. Os comerciantes também estão em vantagem na concorrência pela demanda, exemplificada pela maior busca dos consumidores por produtos nos supermerca­dos do que serviços de restau­rantes”, diz a FecomercioSP.

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