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SP passa a monitorar o coronavírus

TYRONE SIU/REUTERS

Um plano para o monitora­mento e resposta para casos sus­peitos de coronavírus no Estado de São Paulo foi anunciado nes­ta sexta-feira, 24 de janeiro, pela Secretaria de Estado da Saúde. A mobilização vai englobar os principais hospitais de referên­cia, como Instituto de Infecto­logia Emílio Ribas e Hospital das Clínicas, e profissionais estão sendo treinados para fa­zer a detecção e notificação de possíveis casos da doença, que já causou 25 mortes na China, mas ainda não teve casos regis­trados no Brasil.

“O Instituto Butantan foi integrado por sua expertise em inovação, pesquisa e desenvolvi­mento de imunizantes. Na área diagnóstica, o Instituto Adolfo Lutz dará todo suporte labora­torial para investigação de caso. O Grupo de Resgate (Grau) dará suporte no deslocamento e aten­dimento inicial e, além disso, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas e o Hospital das Clínicas, unidades de alta complexidade, serão as referências na área assis­tencial”, informa a pasta.

O Plano de Risco e Resposta Rápida se baseia nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde para oferecer as informa­ções aos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) no Esta­do. Os profissionais estão sendo orientados a observar sintomas como febre, tosse e dificulda­de para respirar associados ao histórico de viagem para áreas com circulação do vírus, como Wuhan, na China. Também de­vem adotar medidas como colo­car máscara cirúrgica no pacien­te suspeito, que deve ser isolado, e fazer uso de equipamentos de proteção individual.

“Os casos suspeitos de in­fecção pelo coronavírus devem ser notificados pelo serviço de saúde que atender o paciente imediatamente, em até 24 ho­ras”, diz a secretaria. A maioria dos casos está na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, epicentro do surto. Os primeiros registros notificados, no final de dezembro, eram de trabalhadores e frequentadores de um mercado de peixes do município. A principal hipóte­se é de que a transmissão tenha começado por algum animal contaminado. Um estudo chi­nês sugere que a contaminação começou com cobras.

As mortes pelo novo coro­navírus na China aumentaram para 41 e o número de infecta­dos já chega a 1.287, segundo novo balanço divulgado pela TV estatal chinesa. A maioria dos registros segue concentra­da em Wuhan, na província de Hubei, onde o surto começou. O aumento de casos ocorre no mesmo dia em que a doença chegou à Europa, com três ca­sos confirmados na França, de acordo com o Ministério da Saúde do país.

Além da China, onde o sur­to começou, já são dez os países a confirmar casos da doença: França, Japão, Coreia do Sul, Sin­gapura, Estados Unidos, Vietnã, Arábia Saudita, Taiwan, Nepal e Tailândia. Nos EUA, dois casos já foram confirmados e mais de 60 registros suspeitos estão em investigação. No Brasil, o Minis­tério da Saúde colocou o País em alerta para o risco de transmis­são do coronavírus, mesmo sem nenhum caso suspeito em terri­tório nacional. Profissionais de saúde e hospitais já estão sendo orientados de como agir caso o vírus chegue. O ministério des­cartou os cinco casos suspeitos que foram notificados por não se enquadrarem na definição es­tabelecida pela OMS.

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