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SP oferece R$ 50 mil por pista de criminoso envolvido em execução em Guarulhos

Polícia identifica suspeito de assassinato no aeroporto de Guarulhos e oferece recompensa de R$ 50 mil 

Secretário Guilherme Derrite anunciou recompensa de R$ 50 mil por pistas de Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, que está com a prisão decretada  (Divulgação/SSP-SP) 

O governo estadual anunciou uma recompensa de R$ 50 mil para quem tiver informações sobre o paradeiro de um dos criminosos envolvidos no assassinato de um homem na área externa do Aeroporto Internacional de Guarulhos no dia 8 de novembro.

A resolução foi assinada pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo (SSP), Guilherme Derrite, nesta terça-feira, 19 de novembro. “É um indivíduo que é prioridade para nós, porque com a sua captura teremos mais informações para elucidação dos demais envolvidos nesse crime”, disse.

O alvo é Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, que está com a prisão temporária decretada pela Justiça. Conforme as investigações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o homem é um dos maiores envolvidos no crime e foi identificado após uma extensa análise de câmeras de segurança, principalmente as do saguão do Terminal 2 do aeroporto.

O suspeito, que foi preso em 2022 por tráfico de drogas, circulou pelo saguão do aeroporto. Assim que viu a vítima seguindo em direção ao desembarque, sinalizou aos atiradores que aguardavam na área externa em um carro. As equipes do DHPP deflagraram uma operação para dar cumprimento às ordens judiciais.

Além do mandado de prisão contra o suspeito, os policiais fizeram buscas em endereços relacionados ao suspeito, sendo a maioria na zona norte de São Paulo. Mais detalhes sobre o caso serão preservados para não prejudicar as investigações.

Qualquer informação útil sobre o paradeiro do homem pode ser compartilhada por meio do Programa de Recompensa. Caso a informação tenha efetivamente auxiliado a prender o envolvido no crime, o denunciante recebe uma recompensa de R$ 50 mil.

Como fazer a denúncia? – Para fazer a denúncia, são disponibilizados dois meios. O primeiro deles é por telefone, pelo número 181. O denunciante será atendido por um telefonista e poderá fornecer tudo o que sabe para que a denúncia seja registrada sem que a pessoa precise se identificar. A outra forma é pela página do WebDenuncia. É preciso entrar na página www.webdenuncia.org.br/cidadao/denuncie, clicar em denunciar e seguir o passo a passo.

Ao final, o denunciante recebe um número de protocolo para acompanhar o andamento da denúncia. As informações são verificadas por uma equipe e, caso seja comprovado que elas ajudaram na resolução do caso, a pessoa que forneceu é comunicada.

Para receber a recompensa, a tela do WebDenuncia mostrará um número de cartão bancário virtual, que permitirá saques do valor em qualquer caixa eletrônico do Banco do Brasil, sem que haja a necessidade de identificação. A retirada pode ser feita de uma vez ou aos poucos, como um cartão bancário comum.

Entenda o caso – Na tarde de sexta-feira, 8 de novembro, Antônio Vinícius Gritzbach foi assassinado a tiros enquanto desembarcava no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. O crime aconteceu na saída do Portão 2, quando Vinícius caminhava em direção a um veículo. Além dele, um outro homem, de 41 anos, que também foi baleado na ação morreu na noite do dia seguinte.

Na tarde de sábado (9), três mochilas com armas de fogo foram encontradas nas imediações do aeroporto. Policiais apreenderam dois fuzis 762 e um fuzil 556, uma pistola 9 milímetros, uma placa automotiva, além dos carregadores e munições dessas armas.

A polícia também apreendeu um veículo supostamente usado pelos atiradores. Dentro dele havia materiais que indicavam a intenção de incendiar o automóvel. No dia 12 de novembro, oito agentes citados no acordo de colaboração firmado pelo Ministério Público com Antônio Vinícius Gritzbach foram afastados da corporação.

A Corregedoria representou junto ao Judiciário pelo compartilhamento de informações, que estão sob sigilo, para que sejam utilizadas nos respectivos procedimentos administrativos disciplinares já instaurados. De acordo com a Delegacia Geral de Polícia, que determinou a o remanejamento, os policiais citados em depoimento realizado pelo réu foram afastados das atividades operacionais para funções administrativas.

Antônio Vinícius Gritzbach era investigado pelo envolvimento com uma facção criminosa. Ele foi acusado de lavagem de dinheiro do bando e por mandar matar dois criminosos da facção. Na colaboração para atenuar a pena, o réu citou agentes públicos, segundo a promotoria. O procedimento aberto na Corregedoria da instituição em outubro, portanto, antes da morte do réu, já apurava o envolvimento dos policiais com providências administrativas preliminares para individualização da conduta de cada um.

 

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