O Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian revela que, em agosto deste ano, o estado de São Paulo alcançou a marca de 1.884.189 de micro e pequenas empresas (MPEs) inadimplentes, o maior número do Sudeste, seguido por Minas Gerais (539.780), Rio de Janeiro (518.337) e Espírito Santo (113.902).
No cenário nacional, os Dados do Indicador mostram que, em agosto de 2023, 5,82 milhões de Micro e Pequenas Empresas (MPEs) estavam com o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) no vermelho – comparado com o mesmo mês de 2022, a variação foi de 5%, recorde da série histórica.
“A persistente alta da inadimplência das empresas, que registramos pelo terceiro mês consecutivo, reflete a realidade em que os empreendedores se encontram diante do quadro econômico desafiador ainda presente”, avalia o vice-presidente de pequenas e médias empresas, Cleber Genero.
“Empresas de menor porte são mais vulneráveis à inadimplência porque, geralmente, possuem menos fluxo de caixa e reservas financeiras limitadas para enfrentar situações de emergência. O controle econômico é fundamental para os donos de negócios, adaptando-se conforme necessário e empregando estratégias sólidas de planejamento, educação financeira e renegociação de dívidas, quando for o caso”.
Em agosto, 53,2% das MPEs inadimplentes eram do setor de “Serviço”, 38,6% do “Comércio”, 7,7% da “Indústria” e 0,5% de “Demais” que englobam companhias dos segmentos Primário, Financeiro e Terceiro Setor. A quantidade foi de 39,9 milhões de dívidas negativadas cujo valor chegou em R$ 95,8 milhões. Em média, cada companhia inadimplente possuía 6,9 contas atrasadas.
Na visão por regiões, a avaliação do indicador mostrou que a maior parte das MPEs com CNPJs negativados eram do Sudeste (52,5%) e a menor parcela do Norte (5,5%). Considerando o levantamento nacional de todos os portes, o total foi de mais de 6,59 milhões de empresas inadimplentes, o maior número do ano e um recorde desde o início da série histórica do indicador. A somatória das dívidas atrasadas chegou em 46,7 milhões com valor total de R$ 119,3 milhões, sendo a média de 7,1 boletos por CNPJ.
Cerca de 54,3% dos negócios no vermelho eram do setor de “Serviços”. Na análise por segmentos nos quais os empreendimentos inadimplentes mais adquiriram suas dívidas, “Outros” – categoria que engloba em sua maioria Indústrias, além de empresas do Terceiro Setor e do Agronegócio – foi o que se destacou (28,2%).