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SP já tem 113 mortes por novo coronavírus

GOVERNO DE SÃO PAULO

O estado de São Paulo che­gou nesta segunda-feira, 30 de março, a 113 óbitos relaciona­das ao novo coronavírus, cau­sador da covid-19. Somente ontem 15 novas mortes foram confirmadas. Todas as novas vítimas são da Grande São Pau­lo e foram atendidas em hospi­tais da rede privada de saúde. Um dos falecidos, um homem de 41 anos com comorbidades, é do município de Osasco.

Os demais são da capital, sendo oito mulheres (duas de 77, três de 83, 87, 92 e 93 anos) e seis homens (dois de 64, 90, 93 e 100 anos, além de um jo­vem de 31 anos com comorbi­dade). Segue em investigação, por parte da prefeitura, o histó­rico dos jovens de 26 e 33 anos cujas mortes foram confirma­das no último domingo, dia 29. O levantamento busca saber se eles possuíam comorbidades, por exemplo.

Até o meio da última se­mana, apenas a capital paulista registrava óbitos relacionados à covid-19. Porém, já há registro de pelo menos um óbito nos municípios de Vargem Gran­de Paulista, São Bernardo do Campo, Guarulhos, Taboão da Serra, Embu das Artes, Soro­caba, Osasco e Ribeirão Preto, a primeira cidade do interior a registrar óbito.

Um farmacêutico de 36 anos que já estava internado há algum tempo no Hospital das Clínicas (HC) sendo tratado de mieloma múltiplo, neoplasia ós­sea e insuficiência renal morreu na madrugada de quinta-feira (26) e pode ter sido infectado pelo médico, que testou positi­vo e já está em quarentena, mas o caso está sob investigação . O Estado também registra 1.517 casos confirmados.

O governador João Doria (PSDB) recomendou à popu­lação paulista que não siga a orientação do presidente da República à respeito da pande­mia do novo coronavírus. Jair Bolsonaro (sem partido) vem, em contrariedade às recomen­dações médicas e orientações do seu Ministério da Saúde, defen­dendo a retomada das ativida­des e a suspensão do isolamento social como uma forma de con­ter o alastramento do vírus.

“Escutem e atendam às re­comendações médicas, de sani­taristas e profissionais da Medi­cina de epidemia e infectologia. Não escutem informações que são colocadas nas redes sociais”, disse Doria, que completou se referindo a Bolsonaro: “Nes­te caso, por favor, não sigam as orientações do presidente, ele não orienta corretamente a população e, lamentavelmente, não lidera o Brasil no combate ao coronavírus e na preserva­ção da vida”.

Segundo Dimas Tadeu Co­vas, presidente do Hemocen­tro de Ribeirão Preto, diretor do Instituto Butantan e e um dos membros do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, as medidas de isolamento utilizadas tanto no estado quanto na capital, estão dando resultado, diminuindo a taxa de contaminação.

As medidas começaram a ser implantadas no dia 13 de março, com a suspensão das aulas. O governo decretou qua­rentena até, pelo menos, o dia 7 de abril. “Houve redução na taxa de contaminação. Antes das medidas, era um indivíduo infectado transmitindo para seis indivíduos da população. Após as medidas, isso caiu de um [infectado transmitindo] para dois”, falou.

“Em uma situação em que não houvessem sido tomadas as medidas, a epidemia, já no começo de abril, começaria a se aproximar de seu pico e exi­giria a criação de 20 mil leitos no município de São Paulo, sendo 14 mil leitos hospitala­res e 6,5 mil de UTI. Com as medidas [de isolamento so­cial], a projeção entrou dentro do que é disponível. Assim va­mos ter, em abril e em maio, capacidade de atendimento se essas medidas continuarem, ou seja, não estaremos sobre­carregando o sistema de saú­de”, acrescentou Covas.

O diretor do Instituto Bu­tantan falou que projeções feitas por institutos interna­cionais previa, para São Pau­lo, 277 mil mortes nos próxi­mos 180 dias caso nenhuma medida de contenção fosse tomada. Com as medidas, disse ele, isso já cai para 111 mil. “O estado de São Paulo mostra a importância de se manter essas medidas. Temos que implementar essas me­didas para que isso caia mais acentuadamente”.

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