Tribuna Ribeirão
Saúde

SP confirma terceiro caso da Ômicron

Foto: Rawpixel/Envato Elements

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou nesta quarta-feira, 1º de dezem­bro, o terceiro caso da variante Ômicron no Brasil. Trata-se do passageiro da Etiópia que de­sembarcou em Guarulhos no último sábado, 27 de novembro, quando testou positivo para covid-19. A amostra foi se­quenciada geneticamente pelo Instituto Adolfo Lutz, institui­ção do governo paulista.

O homem de 29 anos foi testado no aeroporto ao de­sembarcar no país e não apre­sentava sintomas. Recebeu duas doses do imunizante da Pfizer/BioNTech e está bem. Está em isolamento domiciliar desde o último sábado e sem sintomas, sendo acompanha­do pela divisão de vigilância do município de Guarulhos, local em que reside.

Os dois primeiros casos da variante Ômicron foram con­firmados pelo Adolfo Lutz na tarde de terça-feira (30), após sequenciamento genético rea­lizado pelo laboratório do Hos­pital Israelita Albert Einstein. Os casos são de um homem de 41 anos e uma mulher de 37, provenientes da África do Sul. Eles desembarcaram no Brasil no dia 23 e fizeram exame an­tes de embarcar novamente no dia 25.

Ambos tiveram resultado positivo em exames de PCR coletado no laboratório do Albert Einstein instalado no Aeroporto Internacional de Guarulhos antes da viagem à África do Sul. Nesta quar­ta-feira (1º), a vigilância mu­nicipal da capital atualizou as informações dos pacientes para a pasta estadual e infor­mou que ambos foram vaci­nados com o imunizante da Janssen/Johnson&Johnson na África do Sul, corrigindo a informação inicial que não ha­viam sido imunizados.

A Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Vigilân­cia Epidemiológica, mantém o monitoramento do cenário epidemiológico em todo o terri­tório estadual. A confirmação de variantes ocorre por meio de sequenciamento genético.

A pasta acompanha e auxi­lia nas investigações, em tempo real de todas as Variantes de Preocupação (VOC = Variant Of Concern), tais como Delta, Alpha, Beta, Gamma e, agora, a Ômicron. Todo e qualquer agra­vo inusitado é monitorado pela vigilância estadual, seja prove­niente de aeroportos ou portos.

As medidas já conhecidas pela população seguem cruciais para combater a pandemia do coronavírus: uso de máscara, hi­gienização das mãos (com água e sabão ou álcool em gel) e a va­cinação contra a covid-19, diz o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn.

“É importante salientar que o comportamento de um vírus pode ser diferente em locais distintos em virtude de fatores demográficos e climáticos, por exemplo”, emenda o secretário ao convocar as 3,9 milhões de pessoas que ainda não toma­ram a sua segunda dose.

Para os que já completaram o ciclo vacinal, tem mais de 18 anos e um intervalo de cinco meses entre as doses da Coro­navac/Sinovac/Butantan, As­traZeneca/Oxford/Fiocruz e Pfizer/BioNTech, podem pro­curar os postos de vacinação para a dose adicional. Quem tomou a dose única da Jans­sen/Johson&Johnson pode se imunizar com a dose adicional a partir de dois meses.

A Superintendência de Vigilância em Saúde da Se­cretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS) faz uma investigação epidemiológica e monitora o caso de uma mulher de 29 anos que voltou de viagem à África do Sul no dia 21. Apesar de assintomática, a mulher fez um exame de rotina e teve re­sultado positivo para covid-19, informou a secretaria.

A responsabilidade no mo­nitoramento nos aeroportos é da Agência Nacional de Vigi­lância Sanitária (Anvisa) e, até o momento, o governo fede­ral não exige comprovante de vacinação contra covid-19 de viajantes estrangeiros para en­trada no país.

Segundo a Anvisa, o Minis­tério da Saúde, as secretarias de Saúde estadual e municipal de São Paulo e o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) já foram notificados dos casos para a “adoção das medidas de saúde pública pertinentes”.

Na segunda-feira (29), O Brasil fechou as fronteiras aé­reas para passageiros vindos da África do Sul, Botsuana, Eswa­tini, Lesoto, Namíbia e Zimbá­bue. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, na segunda-feira (29), que o risco global relacionado à varian­te Ômicron do coronavírus é “muito alto”, dadas as possibi­lidades de que a cepa escape à proteção das vacinas dispo­níveis e tenha “vantagens” na transmissibilidade.

A OMS ressalta que a cepa caracterizada como “variante de preocupação” na sexta-feira (26), tem 36 mutações na pro­teína S (“spike” ou espícula), usada pelo vírus como veículo de ligação com as células huma­nas. Segundo a organização, essa característica é “preocupante” porque tem potencial de reduzir a eficácia dos imunizantes. No total, são mais de 50 mutações.

Vacinas
A Anvisa pediu que fa­bricantes testem o desempe­nho de vacinas contra a nova variante Ômicron do coro­navírus. O órgão regulador informou em nota nesta quar­ta-feira que solicitou a Pfizer, Butantan, Fiocruz e Janssen informações sobre os estudos em andamento para avaliar o impacto de novas cepas na efi­cácia e na efetividade dos imu­nizantes. A previsão da agência é de que dados das avaliações iniciais estejam disponíveis nas próximas semanas.

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