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Sonda envia fotos da menor lua de Marte

A sonda Amal, dos Emira­dos Árabes Unidos, voou a 100 quilômetros da lua Deimos, o menor e mais afastado dos dois satélites naturais de Marte, no mês passado. As fotos foram divulgadas na última segunda­-feira, 24 de abril. A Amal (tam­bém chamada de Hope) conse­guiu um dois-por-um quando Marte “fotobombeou” (apare­ceu de forma não intencional) algumas das imagens.

Foi o mais próximo que uma espaçonave esteve de Dei­mos em quase meio século. A sonda também observou o lado pouco explorado da lua, com crateras de formato estranho, com apenas 15 por 12 quilô­metros de diâmetro. A outra lua de Marte, Phobos, é quase o dobro deste tamanho e é me­lhor entendida, visto que sua órbita é muito mais próxima do planeta – apenas seis mil quilô­metros distante, o mais perto entre qualquer lua de planetas do nosso Sistema Solar.

A órbita de Deimos em tor­no de Marte se estende por 23 mil quilômetros. Isso está pró­ximo da órbita da parte interna da sonda – “que é o que tornou a observação de Deimos uma ideia tão atraente”, disse o principal cientista da missão, Hessa al-Matroushi. “Phobos recebeu a maior parte da aten­ção até então – Agora é a vez de Deimos!”, acrescentou, em entrevista por e-mail.

Al-Matroushi e outros cien­tistas da Agência Espacial dos Emirados Árabes Unidos dis­seram que essas novas imagens indicam que Deimos não é um asteroide que foi capturado na órbita de Marte eras atrás, que era a principal teoria até agora. Em vez disso, eles afirmam que a lua parece ser de origem marcia­na – talvez da maior lua marcia­na ou do próprio planeta Marte.

As descobertas foram apre­sentadas na segunda-feira na assembleia geral da União Eu­ropeia de Geociências em Vie­na. Amal continuará a passar por Deimos este ano, mas não tão perto quanto no encontro de 10 de março, de acordo com al-Matroushi. O Viking 2 da Nasa chegou a 30 quilômetros de Deimos em 1977.

Desde então, outras espa­çonaves fotografaram o satélite natural, mas de uma distância muito maior. Amal disparou para Marte em 19 de julho de 2020, um dia antes do 50º ani­versário do primeiro pouso lu­nar da humanidade – na lua da Terra -, por Neil Armstrong e Buzz Aldrin, da Apollo 11.

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