Tribuna Ribeirão
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Somos todos políticos 

Mário Palumbo *
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Para Aristóteles, o ser humano é um “animal político” (zoonpolitikon) porque é um ser social e político por natureza. Ele acreditava que a vida política é essencial para o desenvolvimento das potencialidades humanas”.

O Papa Paulo VI afirmou que “a política é uma forma sublime do exercício da caridade”.

Com isso, compreendemos que somos essencialmente seres políticos. Gostemos ou não. A política é essencial para nossa vida desde o seu início até o fim da vida. Somos seres sociais: ninguém pode viver sozinho. Em tudo dependemos dos outros. Querendo ou não, dependemos da política. Quando prescindimos dela favorecemos quem decide sobre nós. Somos criados à imagem e semelhança de Deus, Ele é um só Deus em três pessoas cujo relacionamento amoroso constitui a essência da vida de Deus. Cristo é essencialmente Ser para o outro: um ser político, pois com a sua doutrina tornou a humanidade uma única família onde não existe separação de raça ou de situação econômica. Também participou ativamente da vida política de seu tempo, chamando a atenção dos seus discípulos sobre o fermento ruim dos fariseus e de Herodes, ao qual chamou de raposa. Pela política de dar vida a todos suscitou a inveja dos poderosos que o condenaram à morte.

A política dos medrosos que preferem achar que não precisam participar da política suscita a prepotência que impõe a própria vontade, como no caso da crucificação do Cristo. Aonde estavam os cinco mil homens que comeram do pão multiplicado por Jesus? Aonde estava a multidão dos doentes aos quais Cristo deu saúde? Aonde estavam os discípulos que admiraram os milagres de Cristo? Todos fugiram e deixaram que a política fosse dominada pelas calúnias ou “fakenews” dos fariseus e mestres da lei que instigaram a turba a gritar “crucifica-o, crucifica-o!”.

A omissão dos bons que preferem ficar afastados da política abre caminho para os péssimos políticos se locupletarem com mensalões e pior, com orçamento secreto e emendas parlamentares. E pior, querendo impor a todo custo o negacionismo, a ditadura e a tortura.

A eleição de Trump teve uma maciça abstenção, o que permitiu a sua eleição.

Por isso tudo, o verdadeiro cidadão e o cristão participa ativamente da política para que possa triunfar o bom senso e o progresso de todos, fazendo assim que o Reino do Cristo possa se expandir na difusão do amor e da vida para todos.

A omissão permite o triunfo da maldade.

* Professor 

 

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