Tribuna Ribeirão
Artigos

Só o tempo dirá

Nada como um dia após o outro, e a história guardará estes momentosde desumanidade que beiraa barbárie que estamos vivendo no Brasil atualmente. Tínhamos um poder Judiciário mais comedido, os seus membros não emitiam opiniões públicas sobre os processos que estavam sendo investigados, e nem eram vistos em festas com autoridades investigadas, mas esta suposta qualidade ficou no passado – atualmente tudo é diferente.

O Supremo Tribunal Federal, que é o guardião da nossa Constituição, que mantinha, mesmo que artificialmente uma postura altiva perante a maioria da população – vem se pauperizando. As discussões acaloradas e ofensivas, que ocorrem entre os juízes nas Sessões é o parâmetro atual da depreciação do poder judiciário no Brasil, e as instancias inferiores seguem os passos dos seus mestres, e nadam de braçada com a certeza da impunidade, que a imunidade dos seus cargos lhes confere.

Quando as esferas superiores dos três poderes estão carcomidas pelo vírus da corrupção – desperta na população aquilo que há de pior no ser humano,e a proliferação do ódio e a naturalização da barbárie deixam o ambiente tenebroso. Juízes, promotores e desembargadores estão livres leves e soltos nas redes sociais fazendo o uso de notícias falsas para agredir, e incentivar a prática da violência na maior tranquilidade, e quando são criticados – dizem que estão exercendo o direito constitucional de opinar, como se fossem cidadãos comuns – é o fim.

E esses comportamentos das autoridades contaminaram o ambiente virtual, e todos se acham no direito de fazer a mesma coisa, e neste vale tudo vamos diminuindo como nação perante o mundo. Só vemos críticas e depreciação em todos os setores da vida pública, o pessimismo toma conta de tudo, e se alguém propõe novas ideias para harmonizar o ambiente é combatido como um inimigo mortal. É do conhecimento de todos, ou deveria ser, que somente através da educação básica pública de qualidade iremos percorrer novos caminhos, pois tudo esbarra na educação.

A discussão via redes sociais sobre a qualidade na educação básica em Ribeirão Preto é um dos caminhos para mudarmos a situação de penúria que nos encontramos, mas somente apontar os problemas, sem apontar as soluções – caímos na mesmice. Recentemente um artigo publicado na imprensa local, em que uma professora fala sobre o sacerdócio da profissão de professor – sofreu severas críticas, pois associaram o sacerdócio a prática da filantropia, e a funções religiosas, mas a educação não pode e nem deve ser um ato de caridade, ela é um ato de autonomia.

Em qualquer país que alcançou o desenvolvimento tecnológico e humano, a educação foi o alicerce, e a profissão mais valorizada é a de professor (a), inclusive a exigência para ingressar no curso de pedagogia é maior, e os salários para a docência são os mais altos. Só se faz uma educação básica pública e de qualidade, com docentes bem preparados, bem remunerados, e cônscios das suas responsabilidades com a formação dos futuros cidadãos.

Sabemos que a ideologia da atual canalhada que tomou o Estado brasileiroé acabar com a educação básica pública, e estão trabalhando com afinco para cumprir esta meta, e se não lutarmos unidos por novos caminhos – pereceremos todos.

Postagens relacionadas

Em um tempo que era assim

William Teodoro

‘A importância da Capelania nas instituições religiosas’

William Teodoro

20 de novembro: conhecimento é resistência!

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com