Tribuna Ribeirão
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Só a autonomia fará do Brasil um país independente!

José Eugenio Kaça *  
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Os protestos que aconteceram em 2013, inicialmente protagonizados pelos estudantes, por conta da majoração da tarifa do transporte coletivo, que subiu 0,20 centavos, tomou conta do território brasileiro, no entanto estes protestos que inicialmente eram dos estudantes cresceram e foram abduzido por extremistas de direita. Os fatos que se sucederam, mostraram que estes protestos não aconteceram espontaneamente, os indícios são que houve um planejamento minucioso, inclusive com financiamento de grupos radicais, que foram para as ruas para ampliar a pauta de reinvindicações, e colocar o Governo Federal contra a parede. Tudo isso com o aval moral e material do Império do Norte. 
 
O Tio Sam sempre considerou a América Latina o seu quintal, e qualquer país deste território que pretenda atingir a autonomia e caminhar com as próprias pernas sofrerá sanções, não ser que o país em questão tenha uma elite que considere o Império do Norte seu líder supremo, e infelizmente a chamada elite brasileira faz parte dos aduladores deste Império, pois tem como premissa a máxima que diz: “o que é bom para o Império, é bom para o Brasil”,  e com este pensamento tacanho coloca o povo brasileirona eterna posição de vassalo do Império. O bilionário Beto Sucupira (um dos sócios das Lojas Americanas, que está enfrentando processos por falcatruas, desfalques e corrupção), disse em uma palestra que o Brasil nunca será os Estados Unidos, pois somos um País de coitadinhos e da impunidade, e do direito sem obrigação, no entanto este senhor ficou bilionário explorando o sistema que tripudia. 

 
Os protestos de 2013, aconteceram em um momento em que o Brasil não passava por nenhuma crise, a economia passava por um excelente momento, com o Produto Interno Bruto crescendo em média 4,6%, com desemprego na menor taxa desde 2002, então por que os protestos dos estudantes que inicialmente eram pacíficos,  apenas pelos 0,20 centavos e o passe livre, se tornaram violentos ao ponto de querer derrubar o Governo Federal, “alguma coisa estava fora da ordem. O governo do Império estava acostumado a mandar constantemente o FMI (Fundo Monetário Internacional)para intervir na economia brasileira, pois o Brasil tinha uma divida bilionária com o Fundo, e para equacionar sua divida tinha que rezar na sua cartilha. No entanto, a chegada de um operário a Presidência da República mudou essa história, e o Brasil deixou de ser devedor para ser credor, e o Tio Sam não gostou nada disso. 
 
O Império esperava que a crise de 2008, que esfacelou seu sistema bancário chegasse com força ao Brasil, e quebrasse o nosso sistema bancário também, mas isso não aconteceu, como disse o Presidente Lula: “por aqui vai ser uma marolinha e foi. Acontece que os governantes do Império, se intitulam amigos do Criador, inclusive pregam aos quatros ventos, que costumam caminhar de mãos dadas com “Deus”, que os elegeu  donos do mundo, e por conta disso não podem ser contrariados, no entanto, o governo brasileiro contrariou os prognósticos infalíveis do Império, e essa desfeita não foi engolida tranquilamente –e a vingança veio. 
 
Após dez anos destes protestos, a conclusão que se chega é que havia uma organização, provavelmente vinda de fora do País, e cooptou os extremistas de direita, pois sabem que vão seguir cegamente as ordens, afinal: “ordem dada, ordem executada”. A melhoria das condições de vida dos pobres, que estavam tendo três refeições por dia, andando de carro, e colocando seus filhos nas universidades, não estava de acordo com as premissas traçadas pelo Tio Sam para o povo brasileiro – estava muito a esquerda, e na visão do Império isso é um perigo, e para acabar com a festa dessa gente que julgam inferiores –importaram o ódio e o preconceito que faz parte do cotidiano estadunidense, para o nosso cotidiano, afinal para a “elite branca” usurpadora do poder vale a velha máxima: “o que é bom para o Tio Sam é bom para o Brasil!”. 
 
* Pedagogo, líder comunitário e ex– conselheiro da Educação 

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