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SMS faz bloqueio na região central

A Divisão de Vigilância Am­biental em Saúde, órgão ligado à Secretaria Municipal da Saúde (SMS), fez um bloqueio na região central de Ribeirão Preto nesta semana por causa de um morce­go infectado com o vírus da raiva. Agentes percorreram empresas e residências e orientaram as pesso­as como proceder caso encontrem um animal caído ao chão, vivo ou morto. Recomenda que o contato seja evitado e que o bicho seja co­berto com um balde ou caixa de papelão até a chegada de profissio­nais da pasta.

Neste ano, o número de mor­cegos infectados com o vírus da raiva cresceu 83,3% em Ribeirão Preto, em comparação com 2016 – e ainda faltam mais de três me­ses para 2018. Segundo dados da Vigilância Ambiental, o Instituto Pasteur já confirmou onze casos positivos até dia 11 de setembro, contra seis de todo o período ante­rior – cinco a mais. No entanto, o número de amostras de morcegos enviadas ao órgão caiu 45,3%, e 457 para 250 – 207 a menos. A úl­tima ocorrência de raiva humana registrada na cidade foi em 1995, quando uma pessoa morreu.

Já o último caso de raiva em animais domésticos foi confirma­do no ano passado, quando um gato morreu na Ribeirânia infecta­do com a variante do vírus de mor­cego hematófago. Em 5 de agosto, a SMS lançou a campanha anual de vacinação antirrábica. A meta era imunizar 50 mil cães e gatos, mas o balanço da secretaria indica que este número foi superado em 13,05%, chegando a 56.26 – fo­ram vacinados 48.829 cachorros e 7.697 felinos.

A Vigilância Ambiental pede às pessoas que desconfiarem do comportamento de animais do­mésticos que liguem para os tele­fones (16) 3628-2015 e 3626-6596. O atendimento é feito todos os dias, das oito às 17 horas, inclusive aos sábados, domingos e feriados. Quem quiser vacinar cão ou gato deve procurar a Unidade de Vigi­lância em Zoonoses (UVZ), loca­lizada na avenida Eduardo Andrea Matarazzo (Via Norte) nº 4.255, no bairro Antônio Marincek.

Sintomas – Na sua forma agressiva ou furiosa (variante 2), a raiva animal apresenta mudança de comportamento, procura por locais escuros e agitação inusitada. A excitabilidade reflexa fica exal­tada e o cão ou gato se sobressalta ao menor estimulo. A salivação torna-se abundante, uma vez que o animal é incapaz de deglutir sua saliva, em virtude da parali­sia dos músculos da deglutição. O animal se torna agressivo, com tendência a morder objetos, ou­tros animais, o homem (inclusi­ve o seu proprietário) e morder a si mesmo, muitas vezes provo­cando graves ferimentos.

A forma paralitica ou muda (variante 3 ou variante do morce­go) se caracteriza por predomínio de sintomas do tipo paralítico, sendo a fase de excitação extrema­mente curta ou imperceptível. A paralisia começa pela musculatura da cabeça e do pescoço; o animal apresenta dificuldade de deglu­tição e suspeita-se de “engasgo”, quando então seu proprietário tenta ajuda-lo, expondo-se a in­fecção. A seguir, vem a paralisia e a morte. Ribeirão Preto é consi­derado área livre da raiva do tipo furiosa ou agressiva.

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