A chinesa Xiaomi revelou recentemente seus resultados financeiros para o segundo trimestre de 2018, dos quais constam receitas de US$ 6,58 bilhões, um crescimento de 68% em relação ao mesmo período de 2017. O crescimento teve como principais forças propulsoras os celulares de baixo custo da companhia e também seus vários gadgets e utilitários domésticos conectados à internet.
O trimestre encerrado ao final de julho também trouxe à fabricante um lucro líquido de US$ 2,14 bilhões – há um ano, os mesmos três meses haviam produzido um prejuízo líquido de US$ 1,75 bilhão.
A conquista novos mercados também produziu seu quinhão. As receitas internacionais da Xiaomi durante o período foram de US$ 2,40 bilhões, representando um crescimento ano a ano de 36,3%. O impulso se deve tanto aos celulares de entrada quanto aos vários aparelhos conectados atualmente em produção pela companhia, como as smart TVs.
A Xiaomi oferece atualmente aparelhos básicos e intermediários em cerca de 30 países, incluindo a Índia – onde a marca conseguiu superar a Samsung em número de vendas no início deste ano. Ainda que celulares de apelo mais popular representem aproximadamente 70% das receitas obtidas pela companhia, a margem bruta relativamente reduzida de 8,8% acaba deixando as contas mais justas. Para efeitos de comparação, a Apple trabalha com uma margem aproximada de 60% em aparelhos como o iPhone X e o iPhone 8, segundo analistas.
Os resultados financeiros para o segundo trimestre de 2018 são os primeiros revelados pela companhia desde uma IPO (oferta pública inicial) relativamente conturbada realizada no início do ano em Hong Kong. Na ocasião, a empresa esperava alavancar seu valor de mercado até os US$ 100 bilhões – mas acabou com pouco mais da metade disso, sobretudo em razão de uma atabalhoada tentativa de negociação dos papéis em bolsas chinesas (via recibos de depósito).
De fato, a abertura de capital um tanto inusitada levou as ações da empresa ao seu valor atual, aproximadamente um quinto do pico registrado durante a IPO. Dessa forma, é de se esperar que os bons resultados acabem por trazer novo ânimo aos investidores. Sobretudo quando se considera os planos da gigante chinesa de se tornar predominantemente uma empresa de internet – com promoção da sua loja de aplicativos garantida por tráfego gerado pelos seus próprios aparelhos e receita formada por anúncios publicitários.
Fonte: via Venture Beat, Canaltech