Depois de entrar de cabeça no mundo dos gadgets baratos e dos smartphones poderosos, mas com baixo custo, a nova empreitada bem-sucedida da Xiaomi se dá no mundo dos celulares gamers. E a estreia da companhia nesse quesito, por meio de sua subsidiária Black Shark Technologies, foi um sucesso tão grande que as primeiras unidades de seu primeiro produto com essa pegada esgotaram em minutos.
O aparelho, também chamado Black Shark, foi lançado na China nesta sexta-feira (20) com a utilização do protocolo usual da Xiaomi. Em vez de distribuir os produtos normalmente, nas prateleiras das lojas, a companhia investe no hype e grandes aberturas online, garantindo aos usuários mais afoitos a chance de garantir um aparelho e colocar as mãos nele antes de todo mundo.
Os números desse lançamento inicial não foram revelados, mas a estimativa é de que, pelo menos, algumas dezenas de milhares de unidades foram vendidas nos poucos minutos em que a página de venda esteve no ar. Em comunicado, a Black Shark afirmou não esperar tamanha movimentação em relação a seu primeiro produto e prometeu aumentar o ritmo de produção para garantir que mais unidades do dispositivo estejam disponíveis o mais rápido possível.
Essa previsão, inclusive, já tem data. A próxima grande venda do Black Shark deve acontecer no dia 27 de abril, a partir das 10h no fuso-horário chinês. A expectativa, mais uma vez, é de grande movimentação e vendas aceleradíssimas, mas como não se sabe a quantidade de smartphones a serem disponibilizados nessa segunda leva, também não é possível estimar em quanto tempo, nem se, eles esgotarão.
Duas versões do Black Shark foram colocadas à venda nessa oferta inicial, com preços que variam entre US$ 470 e US$ 550, ou seja, algo entre os R$ 1.600 e R$ 1.850. É pouco para dispositivos com alto poder de fogo e desempenho voltado para games, além de um design arrojado – mas exatamente o que a Xiaomi tem feito no mercado, entregando aparelhos baratos com cara e potencial de topo de linha, algo que a levou à posição de destaque que ocupa hoje no mercado não só de celulares, mas de gadgets como um todo.
Os dois têm tela de 5,99 polegadas e resolução HD+, com 2160 por 1080 pixels. O aspecto é de 18:9, o que faz com que ele tenha aquele visual vertical mais alongado que tanto faz sucesso nos smartphones de ponta da atualidade, gerando imagens otimizadas por sistemas de compensação que trabalham os recursos de forma a oferecer sempre a melhor experiência visual.
Dentro dele estão um processador Snapdragon 845 octa-core, junto de uma GPU Adreno 630. A variante mais avançada traz 8 GB de memória RAM e 128 GB de armazenamento interno, enquanto a mais modesta conta com 6 GB de RAM e 64 GB de espaço para aplicativos. Não existe slot para expansão por meio de cartão microSD.
Além disso, a Xiaomi e a Black Shark destacam o que chamam de um sistema de resfriamento “multicamadas”, que usa materiais condutores de calor e sistemas baseados em líquido para intensificar a capacidade de processamento em “até 20 vezes”, mas mantendo a temperatura do dispositivo oito graus abaixo da média desse potencial. Seria mais uma qualidade do corpo alongado, que traz mais espaço para colocação de componentes internos que mantêm o aparelho fresquinho.
Por fim, o dispositivo traz os recursos básicos de todo topo de linha, como câmeras duplas de 20 e 12 megapixels, respectivamente, e sensor de impressões digitais na parte inferior – em um design semelhante ao do Moto G5. O sensor, entretanto, pode se transformar em um botão durante a experiência de uso, trazendo atalhos rápidos e funções selecionadas pelo usuário.
Fonte: GizmoChina