Por: Adalberto Luque
Um homem foi preso, na manhã desta quinta-feira (25), na cidade de Diadema, grande São Paulo, acusado de envolvimento na morte de Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho, executivo brasileiro que trabalhava e morava em San Diego, Califórnia, EUA.
Marcelo Fernandes da Fonseca, de 28 anos, foi localizado após investigações feitas a partir do depoimento de Gabriel Brito, que admitiu participação no crime. Preso no dia 15 de janeiro, em Nova Iguaçu (RJ), foi ouvido nesta segunda-feira (22), na sede da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) pelo delegado Targino Osório, que coordena as investigações.
No depoimento, Brito teria dito que havia uma outra pessoa presente no quarto onde Beto Braga foi assassinado, possivelmente por estrangulamento. O acusado passou para os policiais civis apenas o apelido do outro homem e, após as investigações, ele foi localizado na região metropolitana da Capital. Ainda não há informações de quando será trazido para Ribeirão Preto para interrogatório.
O delegado responsável disse que o caso ainda é tratado como latrocínio, que é roubo seguido de morte. O tênis usado por Beto e seu celular não foram encontrados. As investigações buscam localizar o aparelho, para obter informações que ajudem a entender a dinâmica do crime. No vídeo feito durante a prisão do segundo suspeito de envolvimento, um par de tênis foi encontrado no imóvel onde Fonseca estava escondido. Nas imagens o tênis é mostrado, mas ainda não há confirmação se era de Beto Braga.
Fonseca mora no bairro Avelino Alves Palma, na zona Norte da cidade. Segundo Osório, há provas de que ele esteve no local do crime. Inclusive havia PIX que Beto Braga teria feiro para ele. O delegado informou que, em depoimento, Brito disse que foi Fonseca quem deu a “gravata” que teria causado a morte da vítima.
Osório adiantou também que o homem preso hoje em Diadema estava com seu celular, que foi apreendido e será periciado. Para o delegado, Beto e Marcelo já se conheciam. Ele revelou também que a reconstituição do crime pode ser feita já na próxima semana.
O caso
Beto Braga veio passar as festas de final de ano com a família, que mora em Ribeirão Preto. Ele chegou no dia 19 de dezembro e, no dia 28, disse que iria sair com amigos. Seu corpo foi encontrado no quarto de um imóvel de locação para curtos períodos, próximo à Avenida do Café, Vila Amélia, zona Oeste de Ribeirão Preto, no dia 30 de dezembro.
O corpo apresentava sinais de ter sido estrangulado com o uso de algum tipo de tecido, possivelmente uma camiseta. O celular da vítima sumiu e, antes que o corpo fosse encontrado, um homem ligou para a família de Beto dizendo ter achado o aparelho. Chegou a marcar um encontro com a mãe do executivo para devolvê-lo, mas não compareceu.
O dono do imóvel, que aluga os quartos por meio de aplicativo, disse que a pessoa que alugou para o encontro com Beto já havia alugado diversas vezes antes, sem dar problemas. Depois de investigações e uso de inteligência policial, os agentes conseguiram encontrar Brito no Rio de Janeiro.
Após o depoimento, onde Brito teria dito apenas o apelido da outra pessoa que afirma ter participado do crime. As investigações evoluíram e Marcelo Fernandes da Fonseca foi preso em Diadema. Ele deve ser trazido para Ribeirão Preto onde será interrogado. Não foi informado se ele tem advogado.
(Matéria atualizada às 12h39)