Por: Adalberto Luque
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) indeferiu o pedido de liberdade feito pela defesa da engenheira agrônoma Ana Paula Junqueira, presa em flagrante por agressão a um casal, tentativa de suborno a policiais militares e abandono de incapaz – ela teria deixado sua filha sozinha para ir a um posto de combustíveis onde consumiu bebida alcoólica.
O TJSP rejeitou o recurso da defesa que solicitava uma limitar para que Ana Paula pudesse responder em liberdade. O órgão ainda vai apreciar o mérito do habeas corpus, que também teria sido pedido pela Justiça.
Antes, a defesa teve recusados a revogação da prisão preventiva e o pedido de prisão domiciliar pela Justiça em Ribeirão Preto. Mesmo que haja nova recusa do Tribunal, a defesa ainda pode tentar a liberdade de Ana Paula em instâncias superiores.
Relembre o caso
Na noite de sábado (16 de março) ela se envolveu em uma briga num posto de combustíveis. Inicialmente, a agrônoma foi dar marcha à ré em seu carro e bateu em um outro carro, onde estavam um casal e um bebê de dois meses.
Houve uma discussão entre as duas mulheres e Ana Paula atingiu novamente o carro, segundo testemunhas, de forma intencional. Houve nova discussão e câmeras de segurança mostram a agrônoma agredindo o casal.
A Polícia Militar foi chamada. Enquanto os policiais colhiam depoimentos no interior da loja de conveniência do posto, Ana Paula foi filmada bebendo cerveja e ofendendo algumas pessoas. Também ofendeu os policiais.
Ao entrar na viatura para seguir até a delegacia, ela teria oferecido suborno para os PMs de R$ 50 mil até R$ 500 mil, dizendo ser dona de fazenda. Na delegacia, se recusou a fazer o bafômetro e um médico teria feito um exame clínico constatando embriaguez. Durante a elaboração do Boletim de Ocorrência, a mulher disse que sua filha, de nove anos, estava sozinha em casa.
A PM foi até o local com o pai da criança e resgataram a menina. Ana Paula foi autuada por seis crimes: embriaguez ao volante, dano, lesão corporal, desacato, corrupção ativa e abandono de incapaz. Foi presa em flagrante e, desde 17 de março, está na Cadeia Feminina de Guariba.
A defesa de Ana Paula entrou com pedido de habeas corpus, onde o advogado alega que ela faz tratamento psiquiátrico há 15 anos, que não estaria alcoolizada e nem teria deixado a filha sozinha. Também justifica que a mulher do outro carro teria tirado a chave de seu veículo.
Os pedidos de revogação da prisão preventiva e de prisão domiciliar, foram indeferidos pela Justiça em Ribeirão Preto. Novo recurso foi feito junto ao TJSP, que negou liminar, mas ainda iria apreciar o mérito do pedido de habeas corpus. Pelo menos por enquanto Ana Paula segue presa.