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Preso admite ter ficado com celular e tênis de executivo

Ele teria repassado aparelho para outro homem, que já foi identificado; próximo passo é reconstituição do crime

Em depoimento Marcelo Fonseca teria dito que Gabriel Brito aplicou a gravata que matou Beto Braga (Foto: Alfredo Risk)

Por: Adalberto Luque

Marcelo Fernandes da Fonseca, de 28 anos, prestou depoimento na manhã desta sexta-feira (26), no caso do executivo brasileiro que morava nos Estados Unidos, Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho, morto na madrugada de 29 de dezembro do ano passado. O segundo envolvido na morte de Beto Braga foi preso na manhã desta quinta-feira (25) em Diadema, grande São Paulo e foi ouvido na Divisão Especializada em Investigações Criminais (DEIC), em Ribeirão Preto.

Os depoimentos de Fonseca e do outro homem preso, Gabriel Souza Brito, também de 28 anos, apresentam versões diferentes sobre o que pode ter acontecido. Brito teria dito que houve uma briga, após consumo excessivo de drogas e que Fonseca teria dado a gravata na vítima.

Já Fonseca disse que não houve briga, apenas uma desavença. No depoimento desta sexta-feira. Fonseca disse que a gravata que matou Beto por estrangulamento foi dada por Gabriel.

Brito disse em depoimento que Fonseca foi o autor do golpe que matou o executivo (Foto: Alfredo Risk)

De acordo com o delegado Targino Donizete Osório, em depoimento Fonseca disse que teria sido procurado por Beto Braga. Eles já se conheciam, mas não o interrogado não sabia que o engenheiro morava nos Estados Unidos. Durante as conversas, Fonseca disse que tinha um amigo que morava no Rio de Janeiro e que poderia participar do encontro. Beto concordou e pagou sua passagem para Ribeirão Preto.

Assim que Brito chegou, no dia 28 de dezembro, eles foram para o quarto na Rua Eduardo Prado, próximo à Avenida do Café, Vila Amélia, zona Leste de Ribeirão Preto. Chegaram por volta de 19h00 e a morte de Beto, possivelmente ocorreu na madrugada de 29 de dezembro, após consumo de entorpecentes.

De acordo com Osório, Fonseca disse que houve uma desavença inicial entre Brito e Beto Braga. Depois tudo foi apaziguado. Seguindo seu depoimento, Fonseca afirmou Beto o teria ofendido e Brito não gostou, dando o golpe que causou a morte do executivo.

Delegado Targino Osório deve fazer reconstituição e acareação (Foto: Alfredo Risk)

Targino Osório deve fazer, na próxima semana, a reconstituição do crime, onde cada um dos envolvidos irá apresentar sua versão e os agentes e peritos irão confirmar ou não quem estaria dizendo a verdade. O delegado pretende ainda realizar a acareação, onde, frente a frente, cada um narra os fatos sob sua ótica.

No depoimento, Fonseca admitiu para o delegado que ele teria levado o celular e o tênis de Beto Braga. Disse que repassou o aparelho para uma pessoa de nome Tiago, que já está sendo aguardado na sede da DEIC para devolver o celular. As investigações prosseguem.

O caso

Beto Braga veio passar as festas de final de ano com a família, que mora em Ribeirão Preto. Ele chegou no dia 19 de dezembro e, no dia 28, disse que iria sair com amigos. Seu corpo foi encontrado no quarto de um imóvel de locação para curtos períodos, próximo à Avenida do Café, Vila Amélia, zona Oeste da cidade, em 30 de dezembro.

O corpo apresentava sinais de ter sido estrangulado com o uso de uma camiseta. O celular da vítima sumiu e, antes que o corpo fosse encontrado, um homem ligou para a família de Beto dizendo ter achado o aparelho. Chegou a marcar um encontro com a mãe do executivo para devolvê-lo, mas não compareceu.

A Polícia Civil quer esclarecer quem teria dado o golpe que matou Beto Braga (Foto: Redes Sociais)

O dono do imóvel, que aluga os quartos por meio de aplicativo, disse que o locador para o encontro com Beto já havia alugado diversas vezes antes, sem dar problemas. Depois de investigações e uso de inteligência policial, os agentes conseguiram encontrar Brito no Rio de Janeiro.

Após o depoimento, Brito teria dito apenas o apelido da outra pessoa que afirma ter participado do crime. As investigações evoluíram e Marcelo Fernandes da Fonseca foi preso em Diadema. Ele foi trazido para Ribeirão Preto onde foi interrogado.

 

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