Levantamento sobre preço de repelentes contra insetos, feito pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Fundação Procon-SP), constatou aumento de 15,78% em média, com diferenças que chegaram a 84,19% para um mesmo produto em estabelecimentos diferentes, entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano.
A pesquisa foi realizada em cinco sites de drogarias, farmácias e mercado. Foram onze itens com preços comparados. Segundo o Procon-SP, no mesmo período do levantamento, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-SP) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) teve variação de 0,84%.
A alta dos preços de repelentes ocorre no momento de aumento de casos de dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também é vetor de transmissão da zika e da chikungunya. Os casos de dengue no país já chegam a 653.656, conforme a atualização na segunda-feira, 19 de fevereiro, do painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde.
São 321,9 casos por grupo de 100 mil habitantes. Desde 1º de janeiro, 113 pessoas morreram em decorrência da doença transmitida pelo Aedes aegypti. De acordo com o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, há ainda 438 mortes em investigação para a doença.
“A grande diferença de preços entre estabelecimentos aponta para a necessidade de o consumidor pesquisar bastante antes de comprar seus produtos, ainda mais em um período de elevada demanda e considerando que não há tabelamento de preços no país”, divulgou a entidade, em nota.
Ribeirão Preto enfrenta mais uma epidemia de dengue, desta vez de nível 2. Já são 1.828 casos confirmados em 40 dias de 2024, além de 5.462 sob investigação. Uma semana atrás eram 1.279. Em sete dias, o Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya – fez mais 549 vítimas, aumento de 42,92%.
Na semana anterior, a alta havia sido de 431,18%, de 975 para 1.279, com mais 304 vítimas do vetor. A média diária neste ano é de 47 ocorrências, uma a cada 31 minutos, aproximadamente. Os dados são do período entre 1º de janeiro e 9 de fevereiro. São 137 notificações de casos suspeitos por dia.
São 167 pacientes infectados em fevereiro, quase 19 por dia, um a cada \uma hora e 16 minutos. São 1.661 em janeiro, ante 768 de dezembro, 893 a mais e alta de 116,28%. Na comparação com o primeiro mês de 2023, quando foram 402 pessoas pegaram dengue, o aumento chega a 313,18%. São 1.259 a mais
Até agora, segundo a Secretaria Municipal da Saúde, não há nenhum óbito confirmado em 2024, mas há uma morte sob investigação, de uma idosa que estava com a doença e faleceu. Foram oito falecimentos em decorrência da doença em 2023, três em março, duas em abril, duas em maio e uma em junho. Em 2022 ocorreu um óbito.