Conforme prometemos na edição passada, começamos hoje uma série de artigos sobre o mercado imobiliário e os valores praticados, em Ribeirão Preto e outras cidades. Vamos analisar o cenário e seu momento para quem comprar e investir, e as consequências para quem constrói e vende.
O valor médio do metro quadrado praticado no ano passado em Ribeirão Preto, para imóveis residenciais, foi o menor do Brasil em comparação com outros municípios com mais de 450 mil habitantes pesquisados pelo Índice FipeZap.
Resultado de uma parceria entre a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e o portal ZAP, o Índice FipeZap de Preços de Imóveis Anunciados faz um acompanhamento sistematizado da evolução dos preços do mercado imobiliário brasileiro, utilizando como base de dados anúncios de venda e locação, para imóveis residenciais e comerciais.
O Índice monitora 50 municípios brasileiros, de norte a sul do país, entre capitais e as cidades mais importantes de cada estado. De acordo com a pesquisa, os maiores valores foram praticados em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Balneário de Camboriú (SC).
Considerando todas as 50 cidades monitoradas, Ribeirão Preto só está acima de São Vicente (SP), Pelotas (RS), São José dos Pinhais (PR) e Betim (MG). Levando-se em conta apenas os municípios com população acima de 450 mil habitantes, os valores praticados em nossa cidade são os mais baixos, ficando quase 50% abaixo da média nacional.
Para efeito de comparação, em Campinas, cidade situada há pouco mais de 200km, e em São José dos Campos, município com população muito próxima, o valor médio do metro quadrado, segundo o Índice FipeZap, foi 30% superior ao verificado em nossa cidade.
Outro ponto importante levantado pelo Índice FipeZap foi a estabilidade dos preços apresentada pelo mercado imobiliário de Ribeirão Preto. Levando em consideração os dados do mesmo período em 2020, o valor médio no ano passado é apenas 0,78% superior.
Em todo o Brasil, o aumento médio foi de 5,29% no metro quadrado, sendo que algumas localidades a superou 23%. Mais uma vez comparando Ribeirão Preto com cidades com a mesma população e características próximas, São José dos Campos e Londrina apresentaram altas, respectivamente, de 12,50% e 5,65%.
Acompanhe em nossas próximas edições os motivos que levam a esse comportamento do mercado, assim como os impactos e como deve se portar quem quer comprar ou investir em imóveis!