Por: Adalberto Luque
O mau tempo atrasou a chegada de Gabriel Souza Brito, de 28 anos, a Ribeirão Preto, nesta sexta-feira (19), prevista inicialmente para as 13h00. Ele é acusado da morte do executivo brasileiro Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho, o Beto Braga, que trabalhava e morava em San Diego, Califórnia, EUA.
Brito foi preso nesta segunda-feira (15), na cidade de Nova Iguaçu, baixada Fluminense, Rio de Janeiro, após investigações da Delegacia de Investigações Gerais da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DIG/DEIC), que indicaram seu paradeiro.
Nesta quinta-feira (18), o delegado Targino Donizete Osório e uma equipe de policiais civis foram até o Rio de Janeiro para trazer o suspeito do crime para Ribeirão Preto, onde será interrogado. Eles saíram da capital fluminense no final da madrugada desta sexta-feira (19).
Como previsto, a aeronave Pelicano, da Polícia Civil, fez escala no Campo de Marte, em São Paulo, para abastecimento. O diretor da DEIC, Kleber de Oliveira Granja, convocou a imprensa para uma coletiva, que seria feita no saguão do Aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão Preto, assim que a equipe chegasse com o preso.
A saída da aeronave foi adiada por conta do mal tempo. Por volta de 14h00 o avião finalmente decolou com destino a Ribeirão Preto. Mas as condições climáticas impediam o avião de prosseguir. Chegaram a cogitar seguir para Bauru, mas as condições também não eram favoráveis.
O diretor da DEIC informou então que, por conta das condições de voo, a aeronave retornou para o Campo de Marte, para garantir a segurança de todos os ocupantes do voo. Granja disse que a “DEIC vai estudar plano B para completar a missão”, justificou o delegado.
O crime
Beto Braga veio passar as festas de final de ano com a família, que mora em Ribeirão Preto. Ele chegou no dia 19 de dezembro e, no dia 28, disse que iria sair com amigos. Seu corpo foi encontrado no quarto de um imóvel de locação para curtos períodos, próximo à Avenida do Café, Vila Amélia, zona Oeste de Ribeirão Preto.
O corpo apresentava sinais de ter sido asfixiado com o uso de algum tipo tecido, possivelmente uma camiseta. O celular da vítima sumiu e, antes que o corpo fosse encontrado, um homem ligou para a família de Beto dizendo ter achado o aparelho, pediu a senha para desbloquear e chegou a marcar um encontro com a mãe do executivo para devolvê-lo, mas não compareceu.
O dono do imóvel, que aluga os quartos por meio de aplicativo, disse que a pessoa que alugou para o encontro com Beto já havia alugado diversas vezes antes, sem dar problemas. Depois de investigações e uso de inteligência policial, os agentes conseguiram encontrar Braga no Rio de Janeiro.
O delegado que acompanha o investigado, Targino Donizete Osório, havia conversado com a reportagem do Tribuna e dito que o depoimento de Brito seria tomado somente segunda ou terça-feira da próxima semana (22 ou 23/01). Ele disse também que, até lá, pode ser que o IML conclua os exames feitos no corpo da vítima.
Segundo Granja, equipes do Grupo de Operações Especiais (GOE) estão seguindo para a Capital para realizar a remoção do preso em viatura oficial da Polícia Civil. “Ainda não há previsão de retorno das equipes DEIC para Ribeirão Preto com o preso”, confirmou o diretor da delegacia.
(Matéria atualizada às 16h10)