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Comércio cresce 7,3% em janeiro em RP

Empregabilidade tem queda e Índice de Confiança continua positivo com aposta dos lojistas na estabilidade da inflação e novos cortes na taxa de juros (JF Pimenta)

Depois de registrar crescimento médio de 0,72% no acumulado do ano passado, em comparação com 2022, as vendas nas lojas ribeirão-pretanas dispararam 7,3% em janeiro, em relação ao mesmo período de 2023, aponta levantamento do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV), mantido pelo Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão e Região (Sincovarp) – atende 43 cidades – e pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL RP).  
 
As vendas do comércio varejista de Ribeirão Preto cresceram em dezembro, principalmente devido ao Natal e à injeção de recursos com o pagamento do décimo terceiro salário. Alta foi de 3% em relação ao mesmo período de 2022 e de 6,5% na comparação com novembro, quando houve queda de 2,5%, apesar da Black Friday. 
 
Segundo Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV, para entender o desempenho de janeiro deste ano é preciso analisar o cenário de 2023. “Em janeiro do ano passado tivemos um tombo de -6,88% nas vendas do comércio local”, diz.  
 
Era um momento de grande instabilidade política e muito receio por parte dos brasileiros, além das tradicionais despesas de início de ano. A cautela prevaleceu dali para frente”, analisa. Ainda de acordo com Galli, mesmo assim, o varejo cresceu em 2023, ainda que timidamente. Os lojistas encerraram o ano com vendas abaixo do esperado e os estoques ficaram acumulados.  
 
“Sendo assim, agora em janeiro de 2024 tiveram de fazer promoções mais agressivas o que ajuda a explicar a melhora no desempenho das vendas em uma época que tradicionalmente é mais fraca. Vale lembrar que o período de férias, a relativa estabilidade da inflação e a baixa da taxa de juros, também estimularam o consumo”, comenta.  
 
Na prática, descontando a queda de -6,88% em janeiro do ano passado, o mês de janeiro desse ano teve um crescimento real de vendas de apenas 0,42%, em Ribeirão Preto e região. Pelo menos não ficou no vermelho”, diz o pesquisador. 
 
No ano passado, a única queda havia sido justamente em janeiro (-6,88%). As vendas cresceram 5,8% em fevereiro, voltaram a registrar alta de 5% em março, repetiu o desempenho em abril, avançou 6,2% em maio e 3,21% em junho. Subiu 2% em julho, 2,6% em agosto, 1,5% em setembro e 6,5% em outubro. 
 
EmpregabilidadeEm janeiro de 2024, o percentual de variação entre vagas abertas e fechadas no mercado de trabalho varejista ficou negativo em -0,8%, na comparação com o mesmo período do ano
anterior. Como já era previsto, o encerramento do período de fim de ano gerou a dispensa de colaboradores temporários.
 
 
Confiança Considerando uma escala de 1 a 5 pontos, em que 1 significa “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o Índice de Confiança Sincovarp/CDL de curto prazo (sempre olhando para os três meses seguintes) ficou em 3,8 pontos (ante 3,4 da pesquisa de dezembro), considerado positivo.  E o Índice de Confiança de longo prazo (olhando para os próximos doze meses) ficou em 4,0 pontos (ante 3,6 da pesquisa anterior), também positivo. 
 
A esperança dos lojistas, para 2024, é de que a economia tenha pela menos estabilidade. Pontos de atenção seriam uma piora do cenário por conta de turbulências políticas do ano eleitoral, um eventual agravamento dos conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, e uma possível disparada do preço internacional do petróleo que exerceria grande pressão no mercado interno de combustíveis, em especial, nos preços da gasolina e do diesel”, finaliza. 
 

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