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Caminhada pede basta à violência  

Caminhada pelo Fim da Violência contra mulheres e meninas, organizada pelo Grupo Mulheres do Brasil, será realizada neste domingo, 10  (Divulgação)

Em sua sexta edição, a Caminhada pelo Fim da Violência contra mulheres e Meninas, organizada pelo Grupo Mulheres do Brasil, será realizada em 10 de dezembro, domingo, em várias cidades no Brasil e no exterior. Em Ribeirão Preto, a concentração será no estacionamento da Câmara de Vereadores em direção ao Parque Maurílio Biagi, às nove horas, com a presença da população e de representantes de órgãos que atuam na defesa da mulher.

A violência de gênero é considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) uma pandemia global, cujas estatísticas são alarmantes. Segundo relatório da instituição, mais de 81 mil mulheres foram assassinadas no mundo, em 2021, o que equivale a cinco mortes por hora. Desse total, 56% foram mortas pelos seus parceiros ou companheiros.

Essa realidade também se reflete no Brasil, onde uma menina ou mulher é estuprada a cada dez minutos, três são vítimas de feminicídio por dia, e 26 sofrem agressões por hora, segundo informações do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Dados do mesmo fórum, divulgados no início de novembro, apontam que, apenas no primeiro semestre deste ano, houve um aumento de 2,6% nos casos de feminicídio no país, num comparativo ao mesmo período do ano passado. Os casos de estupros subiram 14,9%, sendo que, destes, 70% tiveram meninas de até 13 anos como vítimas.

Para o Grupo Mulheres do Brasil, esse é um problema grave que afeta toda a sociedade, e por isso, faz um alerta para essa temática global, convocando a população a participar da 6ª Caminhada pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas, que acontece em várias cidades do país e no exterior.

Ao todo, mais de 50 cidades no Brasil e no exterior devem participar desta grande mobilização. O objetivo é que a sociedade se una a essa causa. Luiza Helena Trajano, presidente do Grupo Mulheres do Brasil, ressalta que não é possível assistir passivamente a casos de violência contra as mulheres, pois é um problema de toda a sociedade.

“Nos engajamos fortemente nesta causa global, que diz respeito a todos nós, pois não podemos mais aceitar que uma mulher passe por uma situação de violência simplesmente pela sua condição de gênero. Por isso, já estamos na sexta edição da nossa Caminhada anual que visa chamar a atenção da sociedade civil para que possamos lutar para erradicar toda forma de violência contra mulheres e meninas”, afirma Luiza Helena.

Segundo Elizabete Scheibmayr, uma das líderes do Comitê de Combate à Violência contra a Mulher, somente com a participação da sociedade é possível exigir políticas públicas efetivas para o combate à violência.

“As estatísticas da violência contra a mulher ainda são estarrecedoras e não podemos nos silenciar diante disso. As mulheres em situação de violência precisam saber que não estão sozinhas e é por elas que estamos somando nossas vozes para pedir um basta”, ressalta a líder.

 

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