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Brasil supera 100 milhões de ocupados 

Agência Brasília  O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (excluindo domésticos) chegou a 37,4 milhões, o maior desde janeiro de 2015 (Agência Brasília)

O Brasil ultrapassou a marca de 100 milhões de trabalhadores ocupados pela primeira vez desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento, divulgado nesta quinta-feira, 30 de novembro, mostra o número recorde de 100,2 milhões de pessoas, um acréscimo de 862 mil nos últimos três meses.

A taxa de desocupação no trimestre de agosto a outubro ficou em 7,6%, a menor desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando era 7,5%. O índice representa recuo de 0,3 ponto percentual em relação à média de maio a julho de 2023. No mesmo período do ano passado, a taxa era 8,3%. O número de desocupados caiu 261 mil, atingindo 8,3 milhões de pessoas, com recuo de 3,6% ante o trimestre anterior.

Carteira assinada – O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) chegou a 37,4 milhões, o maior desde janeiro de 2015. Esse dado representa saldo positivo de 587 mil pessoas (+1,6%) com carteira assinada nos últimos três meses.

O número de trabalhadores por conta própria alcançou 25,6 milhões de pessoas, um aumento de 317 mil (+1,3%) na mesma comparação. “Isso mostra que tanto empregados quanto trabalhadores por conta própria contribuíram para a expansão da ocupação no trimestre”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.

A taxa de informalidade foi de 39,1% da população ocupada (ou 39,2 milhões de trabalhadores informais), estável em relação ao ano passado. Havia 39,180 milhões de trabalhadores informais no período). Em um trimestre, mais 257 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. O total de vagas no mercado de trabalho como um todo no período cresceu em 862 mil novos postos de trabalho.

Em um trimestre, na informalidade, houve elevação de 87 mil empregos sem carteira assinada no setor privado, de 18 mil trabalhadores domésticos sem carteira assinada e de 175 mil pessoas no trabalho por conta própria sem Cadastro nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

O rendimento médio real do trabalhador foi estimado em R$ 2.999, com alta de 1,7% em relação ao trimestre encerrado em junho e de 3,9% ante o mesmo período do ano passado. É a maior cifra desde o trimestre encerrado em julho de 2020 (R$ 3.152).

O IBGE atribui essa evolução à expansão continuada entre ocupados com carteira assinada, ocupação normalmente com rendimentos maiores. “A leitura que podemos fazer é que há um ganho quantitativo, com aumento da população ocupada, e qualitativo, com o aumento do rendimento médio”, diz Beringuy.

No trimestre terminado em outubro, faltou trabalho para 20,042 milhões de pessoas no país. Sete das dez atividades econômicas registraram contratações no trimestre encerrado em outubro. Na passagem do trimestre terminado em julho para o trimestre encerrado em outubro, houve demissões apenas na indústria, 37 mil vagas a menos; e nos serviços domésticos, menos 44 mil. A agricultura mostrou estabilidade na ocupação.

Houve geração de postos de trabalho em alojamento e alimentação (124 mil), informação, comunicação e atividades financeiras, profissionais e administrativas (228 mil), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (64 mil), construção (149 mil), comércio (106 mil), outros serviços (89 mil) e transporte e armazenagem (172 mil).

Em relação ao patamar de um ano antes, as atividades com perdas foram a agricultura, que demitiu 351 mil trabalhadores, a construção, que dispensou 93 mil pessoas, o comércio (-307 mil vagas), a indústria (-155 mil), outros serviços (-100 mil) e serviços domésticos (-54 mil).

Os demais setores contrataram: administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (439 mil trabalhadores a mais), alojamento e alimentação (365 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (508 mil) e transporte (283 mil).

 

 

 

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