O GSH Banco de Sangue de Ribeirão Preto está convocando doadores do tipo O negativo (O-) para doações em caráter de urgência, pois os estoques deste fator Rh estão 22% abaixo do ideal. Segundo a instituição, além do déficit geral de aproximadamente 50%, a demanda por hemocomponentes tem sido alta em razão da grande quantidade de cirurgias eletivas e dos casos de dengue.
“Neste momento, nossos esforços estão concentrados em sensibilizar os doadores para que efetuem a sua doação o quanto antes. Enfrentamos uma situação em que todas as bolsas de sangue coletadas já são consumidas imediatamente, devido à grande demanda”, explica Micheli Caligioni, captadora de doadores do GSH Banco de Sangue.
“Precisamos equilibrar nossos estoques, com uma boa margem de segurança, para que não falte hemocomponentes aos pacientes internados em diversos tratamentos e que necessitam de transfusões de sangue”, conclui. O tipo O negativo é o que está mais em falta e a situação preocupa.
Este fator Rh é considerado universal, pode ser transfundido em qualquer pessoa em casos de extrema urgência, quando não há tempo para exames que comprovem qual o tipo de sangue do paciente. Além disso, o Ministério da Saúde recomenda o protocolo de transfundir bolsas de sangue O- em recém-nascidos de até quatro meses quando necessitam de transfusão.
Todos os tipos sanguíneos são necessários neste momento, principalmente os de Rh negativo (O-, A-, B- e AB-), que são os que mais estão em falta. Mesmo quem não sabe qual o seu tipo sanguíneo pode doar, pois, no procedimento de doação é realizado o teste de tipagem.
Para doar, basta comparecer à unidade, ou agendar previamente. De acordo com o Ministério da Saúde, apenas cerca de 1,8% da população brasileira é doadora. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que esse índice chegue a, no mínimo, 3%. Uma doação pode salvar quatro vidas. A instituição atende doze hospitais na região.
A doação de sangue proporciona chance de vida e esperança aos pacientes internados que necessitam de transfusões. Entre eles, os que têm anemia falciforme, os que estão em tratamentos de câncer, além das vítimas de acidentes de trânsito e queimaduras, pacientes que serão submetidos a cirurgias de médio e grande porte, como cardíacas e transplantes.
Requisitos – Entre outros, um dos requisitos básicos para ser um doador é ter entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação). Para os menores (entre 16 e 18 anos), é necessário o consentimento dos responsáveis.
Entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Também deve estar em boas condições de saúde, pesar no mínimo 50 quilos e não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas doze horas. No dia da doação, é imprescindível levar documento de identidade com foto.
Documentos – Na hora da doação, deve apresentar um documento oficial com foto – Registro Geral (RG, a cédula de identidade), Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e etc. – em bom estado de conservação. Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar três horas. Não é necessário estar em jejum. Uma única doação de sangue pode salvar até quatro vidas. A falta de sangue pode suspender cirurgias nos hospitais da região.
Os potenciais doadores com diagnóstico ou suspeita de covid-19 e que apresentaram sintomas da doença, mesmo nos casos leves ou moderados, só poderão doar sangue após um período de dez dias após recuperação da doença. Antes, eram 14 dias. Também serão consideradas inaptas as pessoas que apresentarem teste diagnóstico positivo para Sars-CoV-2, mesmo que sejam assintomáticas. O período de proibição é de dez dias após a data da coleta do exame.
O GSH Banco de Sangue fica na rua Quintino Bocaiúva nº 975, Vila Seixas. O telefone é (16) 3977-5900 | WhatsApp: (16) 99702-0830. A unidade funciona de segunda-feira a sábado, das sete às 12 horas.