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2023: o ano mais quente entre 125 mil anos

Os dados são Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)(Alfredo Risk)

Cientistas do observatório europeu Copernicus anunciaram nesta quarta-feira, 8 de novembro, que 2023 deve terminar como o ano mais quente em 125 mil anos.  Os dados mostram que o último mês de outubro foi o mais quente do mundo nesse período.

Bateu o recorde histórico, superando o de 2019, que tinha registrado o maior índice até então. Segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia, o recorde ainda foi batido com uma larga diferença, quebrado em 0,4 graus Celsius, o que é uma margem enorme.

Outubro quebrou uma série de recordes. Foi o mais quente já registrado em nível mundial, com uma temperatura média do ar à superfície de 15,30°C, 0,85°C acima da média de outubro de 1991 a 2020 e 0,40°C acima do outubro mais quente anterior, em 2019.

A anomalia da temperatura global para outubro de 2023 foi a segunda mais alta em todos os meses do conjunto de dados ERA5, atrás de setembro de 2023. O mês como um todo foi 1,7°C mais quente do que uma estimativa da média de outubro para 1850-1900, o período de referência pré-industrial.

Já a Organização Mundial de Meteorologia (OMM), órgão das Nações Unidas (ONU), aponta que o El Niño deve durar até, pelo menos, abril de 2024. Na sua atualização, a entidade alerta que os efeitos do fenômeno climático devem impulsionar o aumento das temperaturas, o que tende a agravar eventos extremos, como ondas de calor, inundações e secas.

Além disso, a OMM disse que 2023 se encaminha para ser o ano mais quente já registrado, e que 2024 pode ter temperaturas ainda mais altas. nteriormente, 2016 foi o ano mais quente já registrado, por causa de uma “combinação perfeita” de um El Niño excepcionalmente forte e as mudanças climáticas, observa a organização.

O El Niño se desenvolveu rapidamente durante julho e agosto e atingiu força moderada em setembro de 2023, provavelmente podendo atingir seu pico como um evento forte de novembro a janeiro de 2024, disse a Organização Mundial de Meteorologia.

“Há uma probabilidade de 90% de que ele persista durante o próximo inverno do Hemisfério Norte/verão do Hemisfério Sul”, explica. Com base em padrões históricos e previsões de longo prazo atuais, espera-se que o fenômeno climático diminua gradualmente durante a próxima primavera no Hemisfério Norte, de acordo com a organização.

Como o Tribuna já havia anunciado no início da semana, uma onda de calor elevou as temperaturas na cidade nesta semana. A umidade relativa do ar continua abaixo do aceitável em alguns períodos, segundo o Climatempo.
O mínimo ideal é de 60%.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), umidade relativa do ar abaixo de 30% o município entra em estado de atenção e quando o índice é inferior a 20% a situação é de alerta. Abaixo de 12% já é considerado caso de emergência.

Não há previsão de chuva para os próximos dias em Ribeirão Preto. Nesta quinta-feira (9), A temperatura mínima será de 21ºC e a máxima, de 37ºC. A umidade despenca e varia de 17% a 43%. Na sexta-feira (10), os termômetros devem marcar entre 22ºC e 37 graus. A umidade relativa do ar fica entre 15% e 40%, quase clima de deserto.

O cenário muda pouco no sábado, dia 11, com temperatura mínima de 22ºC e máxima de 38ºC. A umidade varia de 12% a 39%, clima de deserto. Se sábado será quente, deve ferver no domingo (12). Os termômetros devem marcar entre 23 graus e 39Cº, com sensação térmica acima de 40 graus

A umidade fica entre 11% e 31%, secura total. Ribeirão Preto registrou novo recorde de temperatura na tarde de 26 de setembro: 41 graus Celsius, com sensação de 45ºC ao Sol. Na madrugada do dia 16 de maio, a cidade bateu o recorde de frio do ano, com temperatura entre 9º e 10ºC e sensação térmica de 8º e 7ºC na área urbana.

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