Tribuna Ribeirão
Cultura

Sinfônica pode virar patrimônio imaterial

A Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto está prestes a virar patrimônio cultural imaterial da cidade. A Câmara de Vereadores aprovou nesta quinta-feira, 2 de maio, projeto de Igor Oliveira (MDB) que garante esta condição para a Osrp. A proposta segue agora para sanção ou veto do prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB).

Fundada em 1938 com o nome de Sociedade Musical de Ribeirão Preto, posteriormen­te foi chamada de Associação Litero-Musical e atualmente é gerida pela Associação Musi­cal de Ribeirão Preto, uma en­tidade sem fins lucrativos que conta com a mensalidade de sócios, patrocínios e projetos de Lei Rouanet para a realiza­ção de suas atividades.

Segundo Igor Oliveira, os fundadores da orquestra foram pessoas de diferentes camadas sociais como carteiro, fotógrafo, médico, advogado, comercian­te, taxista, entre outros e alguns músicos, que se encontravam após o expediente do dia de tra­balho para ensaiar. “Tocavam por paixão à música”, afirma.

Diferença
A diferença entre sinfônica e filarmônica não está no re­pertório ou na quantidade de instrumentos, mas na maneira como ela se constitui juridica­mente e administrativamente. A palavra “sinfônica” indica um repertório composto por sinfonias e também serve para representar alguns grupos mu­sicais mantidos exclusivamen­te pelo poder público ou de outras sociedades.

Já Filarmônica diz respeito às sociedades musicais mantidas por pessoas que demonstram interesse pela música: os aman­tes, ou amadores que acabam por subsidiar determinados conjuntos orquestrais. O nome Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto permaneceu por tradição, já que ela se encaixa nos requi­sitos de orquestra Filarmônica.

Sinfônica
A Osrp tem 45 músicos. Mantida pela Associação Mu­sical de Ribeirão Preto, criada em 1938 por músicos e abne­gados, desde então a Orquestra Sinfônica funciona de modo ininterrupto e vem desenvol­vendo importantes projetos que difundem a música erudita, rea­firmando seu papel de destaque no setor artístico e nos cenários municipal e nacional.

Já se apresentou nas mais diversas salas de concerto do Brasil e, desde sua fundação, seu principal palco para a apresen­tação tem sido o Theatro Pedro II, no coração de Ribeirão Pre­to. Conta com violinos, viola, violoncelo, contrabaixo, flautas, oboé, clarineta, fagote, trompa, trompete, trombone, trombone baixo, tuba, tímpano e percus­são. O maestro titular é Reginal­do Nascimento.

Site oficial
Até 2013, o que comprovava a existência, anterior à fundação da Associação Musical de Ribei­rão Preto (1938), da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto era o Programa de Concerto aloca­do no arquivo pessoal de Luiz Baldo (1909-2010), do segundo festival da Sociedade Cultura Artística de Ribeirão Preto, rea­lizado em 1929, que mantinha a Orchestra Synphonica de Ribei­rão Preto.

Esta sociedade foi quem participou do evento de inau­guração do Theatro Pedro II em 1930, sob regência do ma­estro Ignázio Stábile (Roma, 1899, Ribeirão Preto, 1955). Ele foi o primeiro titular da orquestra mantida pela atual Associação Musical entre 1940 e 1955. As informações estão no site oficial da agora Osmrp.

A Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto é considerada, pelo menos em Ribeirão Preto, como a segunda “mais antiga orquestra brasileira em atividade ininterrupta”. A do Theatro Mu­nicipal do Rio de Janeiro é con­siderada a mais antiga orquestra brasileira em atividade até hoje. Foi fundada em 1909, mas teve seu corpo estável, isto é, músicos contratados e se apresentando regularmente, apenas a partir de 2 de maio de 1931.

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