Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp), Paulo Cesar Garcia Lopes, o anuncio do cronograma de retomada das atividades produtivas feito pela prefeitura sinaliza uma luz no final do túnel – diz que antes era impossível fazer qualquer previsão. “Estamos passando um momento de crise muito grande, tendo prejuízos financeiros enormes, mas pelo menos agora temos como nos programar para tentar minimizar um pouco estes prejuízos”, afirma.
O sindicalista, que faz parte do Grupo de Transição e Retomada Pós Covid-19 (GTR Pós Covid-19), formado por representantes do poder público municipal, do Comitê Técnico de Contingenciamento Covid-19 e de vários segmentos produtivos da cidade, acredita que pelo menos agora o comerciante terá como tentar se organizar para minimizar os prejuízos, já que sabe quando reabrirá as portas de suas lojas.
Nesta segunda-feira, 27 de abril, a Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) divulgou comunicado em que se diz preocupada diante da pequena eficiência das medidas anunciadas pelo governos federal, estadual e municipal para mitigação dos efeitos da crise, seja para as empresas ou para a população desassistida.
A entidade lamenta “a insensibilidade do poder público estadual ao não dar liberdade aos municípios para gerir o funcionamento da economia de acordo com sua realidade, sendo que o próprio governo do Estado já enxerga essa possibilidade.”
“Se fossem adotados os parâmetros propostos pelo governador para a estratégia de retomada regionalizada em sua apresentação do dia 22 de abril, Ribeirão Preto se enquadraria plenamente como Zona de Baixo Risco (verde), podendo, portanto ter maior flexibilidade em relação ao decreto estadual atual que trata realidades muito diferentes como se fossem iguais”, diz parte do comunicado.
De acordo com a Acirp, a indefinição sobre o assunto é mais um exemplo de falta de sintonia dos governantes com a necessidade real de harmonizar a preservação da vida com a manutenção de mínimas condições para a manutenção da economia, uma vez que muitas empresas correm contra o tempo para conseguirem se manter de portas abertas, gerando os empregos, impostos e a riqueza que o país necessita.