Tribuna Ribeirão
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Sindicância não vê fraude em vacinação

© Rovena Rosa/Agência Brasil

A Secretaria Municipal de Saúde informou que a enfermeira afastada de suas funções, por suspeita de fal­sa aplicação da vacina contra a covid-19 em dois idosos, na Unidade Básica de Saúde Doutor Rubens Issa Halak, a UBS do Jardim Juliana, na Zona Leste de Ribeirão Preto, voltará ao trabalho.

Segundo nota distribuída à imprensa, a suspensão será revogada após orientação da Corregedoria do Município e abertura de sindicância por parte da pasta, que não apon­tou fraude e nem má-fé da profissional de saúde. A data de retorno da enfermeira ao trabalho não foi informada.

O caso também é alvo de inquérito policial conduzi­do Delegacia de Proteção ao Idoso de Ribeirão Preto. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Esta­do (SSP-SP), as diligências estão em andamento. O Mi­nistério Público de São Paulo (MPSP) também acompanha as investigações e aguarda o laudo pericial das filmagens feitas pelo filho de uma das supostas vítimas idosa para verificar quais providências podem ser tomadas.

A enfermeira é acusada de simular a vacinação em um senhor de 77 anos e em uma senhora de 83 anos. A filha do idoso de 77 anos gravou o momento da imunização e denunciou o caso ao MPSP. O promotor Paulo José Freire Teotônio instaurou inquérito para apurar a suposta fraude e diz que, se for confirmada a simulação, a enfermeira pode responder por crime contra a saúde pública, prevaricação, peculato e até por homicídio se por acaso algum dos ido­sos morrer de covid-19.

Já o filho da mulher de 83 anos registrou um boletim de ocorrência (BO) contra a enfermeira. Ele também gra­vou um vídeo da vacinação e postou nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver que a agulha é inserida na idosa. No entanto, não dá para ver se há a o líquido dentro da dentro da seringa, o mesmo caso do senhor de 77 anos.

Depois, a profissional pas­sa algodão no local onde a agulha foi inserida e coloca um curativo adesivo na idosa. O vídeo tem nove segundos de duração. Desde a data das denúncias a a enfermeira tem negado, em depoimentos para a Secretaria Municipal da Saú­de, ter agido de má-fé e diz que aplicou a vacina nos idosos.

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