Tribuna Ribeirão
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Sim, vamos até o último dia 


 
Duarte Nogueira * 
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Entramos nos últimos 20 dias de nosso segundo mandato e no dia 31 de dezembro deixaremos a gestão para nosso sucessor, que então fará o seu trabalho como melhor definir, juntamente com sua equipe. Mas independente do tempo que me falta para encerrar este meu segundo mandato, continuo trabalhando como se fossem os primeiros 20 dias, porque é assim que entendo ser necessário. Seguirei tomando decisões e entregando as obras que serão concluídas neste final de mandato. Assim como continuarei a realizar as ações necessárias à boa gestão. 
 
Porque vejo com extrema tristeza o fato de não ter nem mesmo um prefeito eleito para fazer a transmissão de cargo naquele 1º de janeiro de 2017, quando assumi a prefeitura. Quero que nosso governo esteja presente e firme até o dia 31 de dezembro. Para isto é que fomos eleitos e reeleitos. E chegamos aqui com a tranquilidade de afirmar que renovamos nossa cidade. Fizemos uma reconstrução desde o início de nossa primeira gestão, com responsabilidade, muito sacrifício e extremo cuidado com a legalidade e a higidez fiscal, o que nos levou a ser reconhecidos por importantes instituições. 
 
Eu sempre disse que um prefeito deve trabalhar como se ocupasse o cargo pelo resto de seus dias, para não contaminar suas ações com o fim iminente de seu período à frente da gestão pública. O prefeito que assim raciocina também não foge a medidas impopulares, muitas vezes necessárias, por pensar em nova disputa ao final de seu primeiro mandato. E foi assim que agimos. Já no primeiro dia de meu governo, um domingo, assinei 25 decretos para reorganizar a máquina administrativa, naquele momento bem distante da boa governança. 
 
Foram decretos difíceis de cumprir. Apelidados por alguns de “decretos do fim do mundo”, foram cumpridos à risca, porque caso contrário talvez nem teríamos a história de sucesso que hoje temos para contar, como tenho feito a convite de várias instituições. Foram meses de trabalho intenso para colocar em dia as contas e trazer de volta a governabilidade e, com ela, a credibilidade que estava destroçada. Já naquele momento eu pensava e dizia para a minha equipe que a nossa meta era entregar para os nossos sucessores uma cidade melhor.

E sim, vamos entregar. Não só uma cidade transformada, mas uma prefeitura com as finanças equilibradas, apesar de equívocos divulgados recentemente e que não correspondem à realidade. Vamos entregar uma gestão com os pagamentos em dia e fornecedores satisfeitos com o tratamento justo e igualitário que dispensamos a todos. Entregaremos uma administração muito mais transparente do que a que encontramos, motivo de reconhecimento pelos organismos do governo federal que tratam do assunto.

Se assim ocorre é porque não tivemos medo de enfrentar as situações. De solucionar as questões que nos batiam às portas todos os dias. Podemos até ter nos equivocado em algum momento, mas sempre buscamos acertar, decidir o melhor para nossa cidade, para levar qualidade de vida para as pessoas. Não pensamos no sucesso, no aplauso. Pensamos na cidade e em seus habitantes em primeiro lugar. E assim seguiremos até a entrega do cargo. A transmissão das responsabilidades.

Por essa determinação de seguir trabalhando e por tomar decisões já no final de meu governo, tenho sofrido algumas críticas de adversários, mas as relevo. E o faço em nome da minha cidade. Da população que escolheu a mim, por duas vezes, para administrar os destinos de Ribeirão Preto. E porque não abro mão de um só dia de trabalho.

* Prefeito de Ribeirão Preto   

 

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