Nesta sexta-feira, 3 de maio, às 19 horas, o projeto Chorinho na 7 recebe mais uma vez o Sexteto Colibri, grupo tradicional de seresteiros da cidade, para uma noite especial de muita música na praça Sete de Setembro, no quadrilátero entre as ruas Lafaiete, Florêncio de Abreu, Sete de Setembro e Floriano Peixoto, no Centro de Ribeirão Preto.
O conjunto musical, conhecido do público que frequenta a Praça Sete de Setembro, traz em seu repertório, obras de Altamiro Carrilho, Ernesto Nazareth, Jacob Bandolim, Pixinguinha, Paulo Moura, entre outras. Gratuito, o projeto Chorinho na 7 terá grupos de seresteiros e de choro em apresentações às sextas-feiras, sempre às 19 horas, na Sete de Setembro.
A iniciativa é da Secretaria da Cultura e Turismo de Ribeirão Preto, em parceria com o projeto Choro da Casa. Criado em 1999, o grupo Sexteto Colibri é o resultado dos encontros de um grupo de amigos que tocavam para os pacientes do Sanatório Espírita Vicente de Paulo. O grupo comandou por 16 anos o projeto Ribeirão das Serestas, da Secretaria Municipal da Cultura, que resgatava a antiga tradição da velha-guarda dos seresteiros.
O choro musicado pelo conjunto de bandolim, flauta, violão 7 cordas, pandeiro, cavaquinho e clarinete em rodas por todo o país, é Patrimônio Cultural do Brasil desde 29 de fevereiro, o que significa ser reconhecido como parte da cultura e da história do país. A decisão do registro do gênero musical genuinamente brasileiro foi tomada, por unanimidade, pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural.
O conselho é presidido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O pedido de reconhecimento foi apresentado pelo Clube do Choro de Brasília, pelo Instituto Casa do Choro do Rio de Janeiro, pelo Clube do Choro de Santos (SP) e por meio de abaixo-assinado. O gênero passa a constar no Livro das Formas de Expressão, do Iphan, que registra as manifestações artísticas em geral.
Choro – O choro é gênero musical considerado mais brasileiro. De acordo com o Dicionário Cravo Clabin da Música Popular Brasileira, o ritmo teria nascido em 1870, na cidade do Rio de Janeiro, especificamente, em rodas de música nos bairros da Cidade Nova, Catete, Rocha, Andaraí, Tijuca, Estácio e nas vilas do centro antigo.
Segundo o Iphan, o termo choro viria da maneira chorosa de se tocar as músicas estrangeiras no final do século XIX e seus apreciadores chamavam a manifestação cultural de música de fazer chorar. O choro conta com nomes de artistas que contribuíram para a popularização e, posteriormente, a preservação do choro ao longo dos anos.
Entre os nomes mais famosos por trás das melodias estão Pixinguinha, Waldir Azevedo, Jacob do Bandolim e Altamiro Carrilho e os contemporâneos Paulinho da Viola, os irmãos Hamilton de Holanda e Fernando César, além do já referido Reco do Bandolim, presidente do Clube do Choro de Brasília.
Foi fundado em 1977 e inaugurou, em 1997, em Brasília, a Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, a primeira do gênero, em todo o país. As composições de canções atemporais do choro, com alma brasileira, incluem “Carinhoso”, de Pixinguinha e João de Barro, e “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo, “Um a Zero” e “Corta Jaca”.