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Sevandija – Liminar do STJ liberta suspeitos

O Superior Tribunal de Jus­tiça (STJ) concedeu liminar a duas das três pessoas presas em 13 de novembro, na Operação Callichirus, a quinta fase da Sevandija, deflagrada pela for­ça-tarefa composta pelos pro­motores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Minis­tério Público Estadual (MPE) e pelos agentes da Polícia Federal para investigar supostos crimes de lavagem de dinheiro.

Foram beneficiados o dire­tor financeiro da Aegea Sane­amento, André Luiz Teixeira Martuchi, e Telma Regina Al­ves, namorada do ex-superin­tendente do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Pre­to (Daerp), Marco Antônio dos Santos – também ex-secretário municipal da Administração no governo Dárcy Vera (sem parti­do). Ele e a prefeita foram conde­nados a 18 anos, nove meses e dez dias de prisão na ação penal dos honorários advocatícios, um dos três processos da Sevandija.

André Teixeira e Telma Regina foram presos tempora­riamente por cinco dias, mas a 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, onde tramitam as ações penais da Sevandija, atendeu pedido do Gaeco e prorrogou o prazo por mais cinco dias. Os advogados recorreram ao Tri­bunal de Justiça de São Paulo (TJSP), mas as liminares foram negadas e as defesas, então, re­correram ao STJ. O ministro Rogério Schietti Cruz, da Sexta Turma, concedeu a liberdade, afirmando que as prisões não têm “amparo legal” porque os suspeitos não oferecem risco às investigações.

Também preso pela Ope­ração Callichirus, o empresário Murilo Pires segue atrás das gra­des, cumprindo prisão preventi­va, ou seja, até o julgamento do caso. Santos – que também foi alvo da força-tarefa, mas já está na Penitenciária de Tremembé desde março de 2017. Segundo o Gaeco, a Aegea agiu em con­junto com o Daerp para fraudar uma licitação de R$ 68,4 mi­lhões, aberta em 2014 para obras na rede de água de Ribeirão Pre­to. Com aditivos, o serviço sal­tou para R$ 86 milhões.

Em 2017, a Justiça bloqueou R$ 18 milhões da Aegea, após auditoria apontar o pagamento de R$ 16 milhões à empresa por serviços não prestados. Segundo o Gaeco, o ex-chefe do Daerp e o ex-diretor do órgão Luiz Al­berto Mantilla receberam R$ 1,5 milhão em propina.

Os agentes também detec­taram que Marco Antônio dos Santos teria recebido pelo me­nos R$ 1,1 milhão em propina e descobriram transações imobili­árias possibilitadas por recursos desviados dos cofres municipais, mesmo depois da primeira fase da força-tarefa ser deflagrada. Os citados – Santos, Dárcy Vera e os três presos na Callichirus – negam a prática de atos ilícitos.

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